Os trabalhadores de turno da Revap, em São José dos Campos, cortaram a rendição na noite de ontem, quinta-feira, 12, como parte das mobilizações da categoria por PLR. A base de São José já realiza atrasos indeterminados por tempo indeterminado desde abril. Com o posicionamento absurdo da Petrobras em não apresentar nova e decente proposta de PLR, o movimento evoluiu para corte de rendição.
90% dos trabalhadores do referido turno aprovaram o corte de rendição. Esses trabalhadores têm a consciência da necessidade da luta por uma PLR máxima (25% do equivalente repassado aos acionistas) e igual para todos.
A FNP indicou a realização de setoriais e atrasos de, no mínimo, uma hora nas entradas para o trabalho a partir da semana que vem. Se a empresa não se manifestar, intensificaremos as mobilizações buscando também o apoio das outras bases da categoria.
A FNP vem cobrando da empresa negociação séria sobre o montante e a forma de distribuição da PLR 2011 desde o começo do ano. A incompetência ou a má fé da gerência faz com que a empresa se mantenha calada. Só pararemos quando alcançarmos o objetivo ou a assinatura da quitação da PLR 2011.
É importante ressaltar que o corte de rendição foi aprovado pelos trabalhadores também em represália à prática de punição, que tem piorado. O ambiente de trabalho está cada vez pior na Petrobras. Os trabalhadores são acuados moralmente e perseguidos pela ganância, arrogância, maldade, peleguismo ou simplesmente por deixarem claro a incompetência de muitos gerentes.
Os trabalhadores condenam a prática da empresa e as mobilizações estão apenas se fortalecendo. E todos os trabalhadores devem se somar conosco. Não se deixe influenciar pela tática da empresa de enrolar a negociação, de apostar no desgaste da Campanha de PLR para enfraquecer e desunir os trabalhadores.
Todos os companheiros e companheiras devem participar das assembleias, votar com o grupo e cumprir a deliberação da maioria. Tudo o que a empresa quer é quebrar o movimento. Por isso, nós temos mais do que nunca resistir aos ataques da direção da empresa e nos fortalecermos enquanto organização para dar um basta na intransigência e no descaso da direção da empresa com os trabalhadores!
Fonte: Sindipetro-SJC