Derrotar traição da FUPbrás nas assembleias rejeitando a 2ª proposta da empresa

Cumprindo religiosamente as ordens de Dilma, a FUPbrás irá defender a aceitação da última proposta de PLR nas assembleias da categoria. Divulgado oficialmente em seu site na tarde de ontem, quarta-feira (18/07), o indicativo da federação governista soma-se a uma coleção de traições que vem atacando frontalmente os direitos e ganhos dos petroleiros.

Diante disso, a categoria deve derrotar amplamente, em todas as bases, mais uma traição dos governistas, rejeitando a 2ª proposta da empresa e exigindo um calendário único e nacional de greve. Esta será a grande luta e enorme tarefa dos petroleiros de todo o Brasil, dos sindicatos da FNP e de suas oposições.

Neste sentido, ganha ainda mais importância a construção do Congresso Nacional do FNP, que acontece entre os dias 27 e 29 de julho, em SJC. A principal tarefa será reunir os lutadores que querem resistir e preparar suas lutas, já que novamente a federação governista demonstrou ser uma corrente de transmissão da governo e dos acionistas da Petrobrás dentro do movimento operário.

Uma traição histórica. De novo.
Além de fazer coro à política de remuneração variável da empresa, uma vez que indica a assinatura de uma proposta de PLR que insere um ?abono? que é parte do ACT de setembro, a FUPbrás mente para a categoria ao afirmar que a nova proposta ?estende aos trabalhadores o mesmo tratamento que a Petrobrás deu aos acionistas?. Afinal, para chegar à absurda conclusão de que o valor ofertado foi elevado em 12%, os entreguistas inserem neste cálculo a proposta de gratificação de contingente, cujo valor será descontado após as negociações da campanha salarial.

Ora, que conquista é essa? A proposta da empresa é bem menor que o valor fechado no ano passado, com uma diferença de 13,4%. A FUPbrás subestima a inteligência dos trabalhadores ao divulgar informações que não têm nenhum amparo na realidade. Além disso, a empresa não demonstra como faz a distribuição, tirando de alguns trabalhadores para aumentar até o nível 457A e sem mexer no topo, garantindo aos imortais valores exorbitantes.

Jornal O Globo antecipou ?decisão? do Conselho ?Deliberativo”
A posição da FUPbrás é tão escandalosa que, dessa vez, não conseguiu disfarçar nem mesmo a grande mentira que são as decisões supostamente tomadas em conjunto pelos sindicatos nas reuniões do Conselho Deliberativo.

Isso porque, antes mesmo da reunião ser realizada, o jornal carioca O Globo já estampava na manhã da última quarta-feira (18/07), nas páginas do seu jornal impresso, a informação de que os governistas iriam indicar a aceitação da proposta (clique aqui e leia o texto reproduzido no site O Globo). Localizada no caderno de Economia, a matéria ? sob o título ?Greves preocupam o planalto? ? aborda a greve dos petroleiros e afirma: ?Os dirigentes sindicais avaliam hoje a proposta e a encaminham para a aprovação em assembleias?.

Ou seja, a decisão estava mais do que tomada desde a última terça-feira, já que os jornais são sempre ?fechados? no dia anterior. E pior: havia sido repassada, em primeira mão e com exclusividade, a um jornal das organizações Globo. Enquanto isso, a categoria em peso esperava um posicionamento diferente: indicativo de rejeição e construção de um calendário conjunto de greve.

Para complicar ainda mais a situação, a FUPetrobrás não tem chances nem mesmo de se defender afirmando que foi má fé do jornal ou erro infeliz do repórter, desculpas esfarrapadas mais prováveis. Afinal, temos certeza de que se fosse este o caso, a FUP não hesitaria em denunciar imediatamente tamanho ataque da imprensa de direita. Mas, pelo contrário, os governistas não soltaram uma nota, uma linha sequer sobre a reportagem do periódico global. E sabemos o porquê: simplesmente pelo fato de que, como já sabíamos, a última coisa que esse Conselho pode ser chamado é de Deliberativo. O CD dessa federação é uma grande farsa, mais um instrumento do jogo de cartas marcadas entre Petrobrás e FUP.

Com mais esta traição, não é de se surpreender o fato de que, durante a inauguração da P-59, a presidente Dilma tenha se referido ao coordenador da FUPetrobrás como um ?grande e velho amigo?. Como bom amigo, está fazendo um grande favor ao Governo, tentando tirar os petroleiros das lutas já iniciadas por outras categorias, como os eletricitários, servidores públicos e professores das universidades federais, que protagonizam ao lado dos estudantes uma greve histórica.

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