Pressa em entregar a Petrobrás

Mais um ataque da direção da Petrobrás, que anunciou no dia 19 de abril a venda de 60% de quatro refinarias nas regiões Nordeste e Sul do País: Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia; a Refinaria do Noredeste ou Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco; a Refinaria Alberto Pasqualine (Refap), no Rio Grande do Sul; e a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná. 

Com isso, irá reduzir para 75% sua participação no mercado nacional (atualmente a empresa controla 99% do refino, com 13 refinarias). Segundo a empresa, a proposta apresentada foi elaborada durante dois anos e prevê que a Petrobrás firme “parcerias” em duas refinarias no Nordeste (Abreu e Lima e Landulpho) e mais duas no Sul (Presidente Getúlio Vargas e Alberto Pasqualini). Em cada uma delas, o parceiro terá 60%, e a Petrobras, 40%.
As quatro refinarias, juntas, têm uma capacidade de processamento de 846 mil barris de petróleo por dia. 

Além das unidades de refino, a venda vai incluir a infraestrutura logística. Associados a essas quatro refinarias estão 12 terminais. Se o plano for adiante, a Petrobrás ficará com nove refinarias e 36 terminais, além das participações naquelas quatro. 
“Ficou claro que a intenção é impor, mais uma vez, a lógica obtusamente financista de Pedro Parente e sua turma. A lógica da rentabilidade sem nenhum compromisso com os interesses da sociedade brasileira e com os trabalhadores da Petrobrás. A nossa empresa foi criada para defender nossa soberania e não para enriquecer acionista estrangeiro às custas de cobrar mais caro no combustível e desempregar milhares de trabalhadores. Para eles, reposicionamento no setor de refino é isso. Para nós, é um chamado pra luta!”, disse Rafael Prado, diretor da FNP/Sindipetro-SJC. 

O modelo de negócios ainda não foi aprovado pela diretoria da empresa. No entanto, estima-se que o processo de transição e repasse do controle das quatro unidades deve durar cerca de um ano. Os detalhes do plano ainda estão sendo definidos, para que sejam apresentados à diretoria executiva e ao conselho de administração da petroleira. 

Para a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Pedro Parente planeja, além de retirar direito dos trabalhadores, entregar um dos maiores patrimônios nacionais e a maior petrolífera da América Latina, a Petrobrás. “Eles não querem que o Brasil seja um país industrial. Eles querem que a gente exporte matéria prima e, como o nosso país é muito populoso, consuma produtos acabados. É esse país que a gente quer?”, afirmou Fábio Mello, diretor da FNP/Sindipetro-LP, durante protesto em defesa das refinarias. 
Sob o mando de Temer e seu governo, Pedro Parente vem tentando desmontar a Petrobrás. É hora de chamar a mais ampla unidade da categoria para construir a greve nacional da categoria!
Chega de privatização! Fora Parente!

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