Trabalhadores na luta contra a privatização

Os petroleiros e petroleiras de São José dos Campos fizeram um ato de duas horas na manhã desta segunda-feira (23), na porta da Revap (Refinaria Henrique Lage), contra a privatização do sistema Petrobras.

Afinal, se antes a proposta de privatização era apenas uma ameaça, agora já é realidade. Na última quinta-feira (19) a Petrobras anunciou oficialmente que pretende privatizar quatro refinarias e reduzir para 75% sua participação no mercado nacional (atualmente a empresa controla 99% do refino, com 13 refinarias).

Para camuflar a ameaça, a Petrobras está chamando o processo de reposicionamento do refino, que prevê que a Petrobras firme “parcerias” em duas refinarias no Nordeste (Abreu e Lima e Landulpho) e mais duas no Sul (Presidente Getúlio Vargas e Alberto Pasqualini). Em cada uma delas, o parceiro terá 60%, e a Petrobras, 40%.

As quatro refinarias, juntas, têm uma capacidade de processamento de 846 mil barris de petróleo por dia.

Durante o ato, vários trabalhadores fizeram falas repudiando a tentativa descarada da empresa de entregar as refinarias para as mãos de empresas estrangeiras.

O presidente do Sindipetro-SJC, Rafael Prado, deixou claro para os trabalhadores o grande risco que esse processo representa para os trabalhadores.

Segundo ele, quando questionada, a empresa informou que os atuais trabalhadores dessas refinarias terão duas alternativas: ou serão convidados a trabalhar nas novas empresas, ou poderão ser transferidos para outras unidades. “Mas o que ele não explicou é o que acontecerá com quem não aceitar nenhuma das duas opções. Com certeza, será a demissão. Ou seja, a privatização ameaça diretamente nossos empregos e é por isso que, mais do que nunca, a hora de lutar é agora. Começou no nordeste e no sul, mas não tenho dúvidas que o plano é estender também para as refinarias de São Paulo”, disse.

O ato contou ainda com a presença de um diretor do Sindipetro-LP, Thiago Nicolini Lima, que veio trazer apoio e também chamar os petroleiros da base de São José dos Campos para a unidade nesse momento delicado. “É hora de superarmos as diferenças que são próprias da política sindical e nos unirmos, todos, para construir uma greve nacional dos petroleiros e afastarmos de vez essa ameaça”, disse.

Ao final, os petroleiros se juntaram para uma foto, de punhos cerrados, representando a solidariedade com os petroleiros das primeiras refinarias ameaçadas e a disposição de luta da categoria.

A Petrobras é nossa! Privatização, não!

 

Fonte: Sindipetro-SJC

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