Na pauta da tarde, estavam os seguintes temas:
– Censura às inspeções da CIPA. Estão exigindo a obrigatoriedade de liberação prévia e ameaçando os cipistas de punições, caso ele apresente uma vistoria (que pode ser uma situação eventual) sem autorização;
– Negativa de acompanhamento do Técnico de Segurança nas inspeções do GTB para medições;
– Negativa de realização do IBE nos serviços que envolvam Benzeno, ignorando a solicitação do GTB e do TS nas Análises de risco;
– Ignorando a necessidade de participação dos gtbistas nas ARs das áreas de PPEOB da RPBC;
– Contratação de Técnicos de Segurança (URUCU);
– Liberação (desembarque) funcionário por motivo de falecimento de familiares;
– Curso EAD sem regras ou padrão.
– Redução dos efetivos da CIPA devido redução dos quadros.
– Problema de segurança em Pilões.
Como de práxis, a reunião foi iniciada pelo preâmbulo e, em seguida, o RH faz uma apresentação dos indicadores de acidentes na empresa. De acordo com os dados, houve uma redução no número de acidentes entre 2014 e 2018.
No entanto, o relatório também revela um aumento do número de acidentes de trabalho no sistema Petrobrás no mês de março, quando comparados como os meses de janeiro e fevereiro de 2018. Ainda neste ano ocorreram dois acidentes fatais com trabalhadores terceirizados.
Em respostas aos questionamentos da FNP, realizados em outras reuniões
NR20 – o RH informa que o treinamento da NR20 tem que ser exclusivamente no local apropriado.
Terminal de Pilões – a empresa diz que a região apresenta problemas de segurança e que a prestadora de serviço de segurança patrimonial continua com ronda motorizada e armada, que a mesma vai realizar eletrificação de cerca do terminal. Já a “guarita”, segundo o RH, é blindada.
FNP e RH debatem a pauta da reunião
Censura às CIPAs – A FNP denuncia que na RPBC, gerente, que também é presidente da CIPA, impede a realização de inspeções de outros integrantes, inviabilizando liberações. Petrobrás diz que vai “averiguar”.
Benzeno – Diretores da FNP relataram a alta incidência de benzeno em Urucu, além dos trabalhadores não terem equipamentos de proteção individual (EPIs), como macacões e luvas. Para piorar, segundo o dirigente, a Petrobrás ignora os fatos e não lança o índice de exposição em seu programa, o que influencia o resultado dos exames periódico dos trabalhadores. Inclusive, o Sindipetro-PA-AM-MA-AP, diante da situação, já fez uma denúncia sobre o caso ao Ministério do Trabalho.
Voos com problemas e risco – FNP denuncia o sistemático transtorno enfrentado pelos trabalhadores nos voos que realizam os embarques e desembarques.
Treinamentos – Para a FNP, além de garantir o local adequado para treinamento, a empresa tem que resolver o problema do efetivo durante os treinamentos. Hoje deslocam o funcionário para o treinamento e a área fica abaixo do número mínimo.
Universidade Petrobrás – A Federação Nacional também critica a desmobilização das atividades das UPs da Bahia e Rio de Janeiro, sob a justificativa de diminuição de custos e que isso influiu na aplicação de conhecimento sobre SMS para os trabalhadores do sistema.
Redução dos efetivos da CIPA – O representante da Petrobrás afirma que vai solicitar informações, e que a redução se faz proporcionalmente ao número de empregados em atividade.
Terminal Santos – Dirigente da FNP também relatam problemas específicos em Alemoa (SP), como embarcações em péssimo estado de uso, condições de alojamento inadequadas e escala excessiva de trabalho.
Análise de acidente – FNP questiona a demora na elaboração das análises de acidentes e comunicação truncada. RH afirma que a demora faz parte do processo para constituir a comissão que irá fazer a análise. "A mobilização tem sido imediata", afirma representante de RH.
Diretor da FNP também cobra soluções para os seguintes problemas: Periculosidade entre muros, falta de treinamento para brigada de incêndios, falta de socorristas, uso celular em plataformas (somente pessoas de crachá verde podem usar), acesso aos contratos de fornecedores de alimentação e redução da emissão do Atestado de Saúde Ocupacional – ASO.
Reunião termina às 17 horas 14 minutos. RH ainda deve algumas respostas.