Desde o dia 10 de maio, as bases da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) estão realizando assembleias para decidirem sobre o “estado de greve” contra a privatização, contra o equacionamento e “PLR”.
A FNP também deve se unir às demais categorias que enfrentam a privatização e construir a Greve Geral no país, a exemplo da ELETROBRÁS, CORREIOS, EMBRAER, CEDAE, CASA DA MOEDA, daqueles trabalhadores e sindicatos que foram duramente afetados com o desmonte que segue, como Metalúrgicos (ESTALEIROS) e Construção e Montagem (COMPERJ/RNEST), bem como com os servidores e a população que estão sofrendo com o desmonte na saúde e na educação.
Agora, acompanhe o que foi decidido nas bases da FNP:
SINDIPETRO AL/SE
Em Sergipe e Alagoas a categoria tem aprovado quase que por unanimidade a indicação do Sindipetro-AL/SE de greve nacional contra a privatização da Petrobrás, em defesa dos direitos e dos empregos, contra as reformas da previdência e trabalhista, para derrubar Temer e Pedro Parente. A parcial das assembleias até o momento é de 225 a favor da greve, um voto contra e duas abstenções.
Os trabalhadores também têm decidido em assembleia pela não assinatura do termo de quitação da PLR da Petrobrás.
Também está sendo aprovada a cobrança de 1% do salário base como contribuição extra para a campanha em defesa da Petrobrás, por dois meses. É com essa taxa que o sindicato consegue pagar as despesas extras em decorrência da campanha, como faixas, panfletos, carro de som e etc.
SINDIPETRO-LP
Os petroleiros do Litoral Paulista decidiram, por ampla maioria, não autorizar o sindicato a assinar o termo de quitação da Participação de Resultados da Petrobrás (PR). A votação da assembleia, calculando os votos das plataformas P-66, Merluza e Mexilhão, sede e subsede foi de 11 votos a favor, 103 contras e três abstenções.
Uma das razões apontadas pela categoria para negar a quitação da PLR foi a tentativa da empresa de estabelecer um novo cálculo para o pagamento de PLR, considerando apenas a soma da Remuneração Mínima por Nível e Regime (RMNR) mais o que for maior, Adicional por Tempo de Serviço (ATS) ou Função Gratificada. No novo conceito apresentado, a empresa não leva as horas extras em consideração, o que na prática favorece aos cargos gerenciais e prejudica os demais trabalhadores.
Diante do cenário de privatização anunciado pela Petrobrás, que colocou à venda quatro refinarias e 12 terminais Transpetro, dentre outros ataques, a categoria do Litoral Paulista votou também pela manutenção de assembleia permanente e ratificação do estado de greve.
SINDIPETRO-PA/AM/MA/AP
Petroleiros/as da Amazônia aprovam por ampla maioria a construção da Greve Nacional em defesa da Petrobrás. O resultado das assembleias realizadas de 15 a 18 de maio nas bases do Sindipetro PA/AM/MA/AP mostraram que aqui vai ter luta!
A categoria mostrou consciência em relação à necessidade de construir uma forte mobilização para barrar o desmonte do Sistema Petrobrás, defender a categoria e derrotar a destruição da Petros.
SINDIPETRO-RJ
Entre os dias 15 e 23 de maio, em assembleias, mais de 700 trabalhadores em 17 unidades da base do Sindipetro-RJ discutiram e aprovaram a proposta de estado de greve contra a privatização de refinarias, dutos e terminais , FAFENs, campos terrestres, contra leilões do petróleo, o equacionamento absurdo da Petros e a precarização de direitos como AMS e Benefício Farmácia. Assim, a base do Rio de Janeiro soma-se às demais bases petroleiras da FNP e da FUP que definiram a Greve Nacional Petroleira.
Por isso, é necessário que a FUP atenda o chamado da FNP de construir a unidade da categoria em defesa da Petrobrás e dos direitos dos petroleiros.
Em continuidade às mobilizações, a exemplo do ato no EDISEN, a assembleia do CENPES deliberou por realizar um protesto nesta terça-feira (29), também para mostrar sua indignação contra o desmonte da Petrobrás.
Desta forma, os petroleiros se unem às demais categorias em luta, como caminhoneiros, metalúrgicos, profissionais da educação, entre outros, pelo país.
– PLR
Outro tema importante discutido nas assembleias foi a PLR, que, com 60% dos votos, a base do Sindipetro-RJ decidiu por rejeitar a proposta da Petrobrás e retomar a negociação com a empresa.
A atual proposta não está de acordo com que foi assinado, pois a mesma diminui os valores acordados com os trabalhadores, utilizando critérios que beneficiam gerentes.
SINDIPETRO-SJC
Os petroleiros e petroleiras do Grupo 1 e do horário administrativo da Revap (Refinaria Henrique Lage), em São José dos Campos, aprovaram assembleia permanente e estado de greve contra a privatização, em defesa dos empregos, da Petros e dos direitos da classe trabalhadora.
Durante a assembleia os trabalhadores também decidiram, por ampla maioria, não autorizar a assinatura do termo de quitação da PR (Participação de Resultados) da Petrobrás.
Os trabalhadores entenderam a posição do Sindicato, que indicou a rejeição por não concordar com a forma de cálculo da PR, que dá um valor mais alto para os gerentes, enquanto tira dinheiro dos trabalhadores.
Também foi aprovada a cobrança de 2,5% do salário base e 1% do valor da PR para não sócios, quando acabar a negociação.
Os trabalhadores e trabalhadoras da Revap também aprovaram um grande ato na unidade no próximo dia 30, que terá a presença dos companheiros do Sindipetro/LP contra o desmonte do Sistema Petrobrás, em defesa da Petros, contra a venda das estatais e contra a venda da Embraer para a Boeing.
Foto: Sindipetro-LP