No último dia 24 de julho, terça-feira, a planta da GM em São José dos Campos amanhaceu totalmente fechada por ordem da direção da empresa (locaute patronal) para impedir a forte mobilização nacional convocada pelo Sindicato dos metalúrgicos de SJC e a CSP Conlutas em defesa dos empregos e contra ameaça de demissões de cerca de 1500 metalúrgicos (vide nota abaixo).
A postura da direção da GM é mais uma demonstração que os patrões sempre querem que os trabalhadores paguem a conta do aumento exorbitantes dos seus lucros. Este fato demonstra também o absurdo da política do governo Dilma de isenções fiscais as grande empresas. Afinal, é repassado dinheiro público para as grandes montadores, verba que falta para o investimento na saúde, educação, moradia, saneamento, etc, o que já é um absurdo, e nem a mínima garantia do emprego e de salários dignos é assegurada aos trabalhadores.
A luta dos trabalhadores da GM será um símbolo nacional, e até internacional, da luta dos trabalhadores em defesa dos seus empregos, salários e direitos. Uma luta contra os patrões, mas também contra a política pró-pratronal dos governos, inclusive do Governo Dilma.
Portanto, orientamos que todo as Entidades Sindicais, Associações, Movimentos Sociais, ativistas, militantes, Candidatos às Eleições Municipais realizem uma campanha política em defesa do emprego dos operários e contra as ameaças das demissões na GM, começando por nossos candidatos nas eleições municipais e nossos dirigentes sindciais, tornando a solidariedade a luta dos trabalhadores da GM nosso principal eixo de agitação política nas próximas semanas. Além da solidariedade a luta destes operários, devemos usar a denúncia da situação na GM para abrir uma discussão mais geral sobre a necessidade da defesa dos empregos e dos direitos dos trabalhadores, colocando também a exigência ao Governo Dilma de garantia do emprego no centro da discussão política nacional.
Temos acumulado a experiência da campanha contra as demissões na Embraer, que foi uma grande campanha política, mas com a limitação de que não houve uma grande resistência dos trabalhadores contra as demissões. Agora, na GM, podemos fazer uma campanha política com a mesma força que fizemos antes na Embraer, mas podendo ter uma reação maior dos trabalhadores. Esta é a possibilidade que estamos apostando.
Concretamente, a luta em defesa dos empregos na GM e contra as possíveis demissões devem se transformar numa campanha política de toda a organização. Portanto, orientamos:
1- Que os candidatos nas eleições municipais incluam, nos próximos dias, como principal eixo político de suas campanhas (de seus discursos, entrevistas, debates, palestras, etc) a denúncia das possíveis demissões na GM;
2- Que as direções sindicais, das FENASPE, FNP, das Associações filiadas à FENASPE, AMBEP, AEPET, Conselheiros Eleitos da Petros, garantam que a nota política (enviada abaixo) seja enviada para toda a imprensa além de enviá-la a todos nossos contatos na internet;
3- Que os nossos dirigentes sindicais incluam a denúncia da GM nos seus discursos e nos materiais dos nossos sindciatos e oposições. Por exemplo, este debate deve ser levado para dentro das atividades da greve dos servidores federais e das mobilizações dos estudantes, buscando a unificação desta greve nacional com a luta dos operários da GM;
São paulo, 26 de julho de 2012.
FNP ? Federação Nacional dos Petroleiros
Direção Colegiada da FNP ? FEderação Nacional dos Petroleiros
FENASPE ? Federação Nacional das Associações de Aposentados e Pensionistas Petroleiras;
AEPET
AMBEP
Associações dos Aposentados e Pensionistas Petroleiras ? ASTAPE, ASTAIPE, ASPENE, ASTAUL, ASPASPETRO, APAPE
Conselheiro Eleitos da Petros ? Agnelson Camilo da Silva , Epaminondas, Fernando Siqueira, Paulo Brandão, Ronaldo Tedesco Vilhardo, Silvio Sinedino Pinheiro;
Conselheiro Eleito do Conselho de Administração da Petrobrás ? Silvio Sinedino Pinheiro;