A turma pretensiosa do RH, há tempos, vem tentando dar uma pernada nos trabalhadores, burlando os resultados financeiros e operacionais da empresa para não pagar a PLR. Neste ano, a novidade é uma PLR “mística”, em que os gerentes serão os maiores beneficiados. Enquanto os trabalhadores amargarão uma PLR sem conteplar nem, ao menos, as horas extras trabalhadas, com excesso de jornada devido quadros reduzidos de mão de obra.
Mas, as pessoas com cargos de confiança/ função gratificada estão com o dinheiro garantido a partir do momento em que a empresa considera a função gratificada na remuneração, logo, a PLR será gorda para gerentes e a menor possível para os “peões”, a partir de um conceito inventado pela empresa.
Diante disso, algumas bases da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) voltarão a reunir-se para fazer assembleias e discutir o tema, onde a FNP fará indicativo de rejeição da assinatura da PLR.
Para a FNP, a farsa da remuneração que a direção da empresa tenta empurrar goela abaixo dos trabalhadores, descumpre o regramento assinado pelas entidades, pois a mesma diminui os valores acordados com os trabalhadores, utilizando critérios que beneficiam gerentes.
O cálculo da PLR correto deveria levar em consideração as horas extras e auxilio almoço, pelo menos, que pode significar um valor considerável para parte da categoria.
Ao invés disso, na atual perversa proposta, sem respeitar o parâmetro piso-teto, os gerentes podem chegar a ganhar 20 vezes a mais do que os trabalhadores “normais”. Em outras palavras, a proposta retira do trabalhador para encher o bolso dos seus gerentes.
Nesse contexto, o RH afirmou que as entidades não precisam fazer assembleias, mas exige a assinatura de quitação. De acordo com a Lei 12.832, basta que os dirigentes tenham participado das discussões para não precisar assinar e homologar. Então, é mentira do RH ao afirma que não pode pagar sem a assinatura. A realidade é que eles não querem avançar nesta questão.
Para tal, fraudam o conceito de remuneração, manipulam os balanços de 2016 para 2017 por exemplo, e de quebra, pagam adiantadas dívidas ao BNDS, que recebeu da empresa R$ 20 bilhões. Sem mencionar nos 2,95 bilhões de dólares pagos aos acionistas americanos, que significa algo em torno de 9,5 bilhões de reais. Considerado um dos mais caros acordos já fechados na história dos Estados Unidos. Como a direção da empresa, que insiste na história de que a empresa só dá prejuízo, conseguiu tanto dinheiro?
Para piorar a história, na última reunião sobre PLR, realizada na quarta-feira (13), o RH se posicionou inflexível e enfatizou que não pretende pagar a PLR aos trabalhadores de Araucária, tema bastante questionado pela direção da FNP na mesa de negociação.
Para finalizar, a FNP orientará as suas bases a não aceitar nenhuma chantagem ou falcatrua da PLR e fará mobilizações, retomará paralisações e levará a empresa a juízo. A FNP exige uma PLR com conceito de ampla remuneração, bem como busca garantir uma PLR isonômico para todos os trabalhadores.
Assim, a Federação Nacional espera que direção da Petrobrás cumpra o Acordo Coletivo dos Trabalhadores, bem como o acordo específico de PLR e exige que o termo de quitação elaborado pela empresa não restrinja o acordo, mas, sim, o respeite.
A categoria petroleira não baixará a cabeça!