Precarização nas instalações e na segurança e efetivo reduzido disparam punições na Revap

A Revap criou uma indústria de punições para esconder o efetivo reduzido e o sucateamento dos equipamentos e das instalações da refinaria, tendo mais interesse no GD dos gerentes do que na segurança dos trabalhadores e na comunidade do entorno. A Revap aplica punições nos trabalhadores que lutam por seus direitos, apontaram irregularidades e questionam:

· Pressão sobre o check list de PT e PTT;

· Incentivo ao descumprimento de normas técnicas para acelerar a produção;

· Descaso com a Recomendação Adicional de Segurança (RAS);

· Check list de PT fora do local de trabalho e assédio moral para a liberação rápida do serviço;

· Falhas de equipamentos, falta de manutenção e até de peças de reparo e reposição em alguns setores;

· Preocupação única com o GD dos gerentes;

· Negligência sobre a segurança operacional;

· O excesso de trabalho, que por causa de emergências e problemas em sistemas operacionais, acaba induzido e provocando erros.

Ao invés de a empresa frear a precarização dos serviços da refinaria, ela parte para a perseguição e pune os valorosos petroleiros da unidade. Nós exigimos que a refinaria e a Petrobras cancelem essas punições imediatamente. Nós vamos levar essas denúncias detalhadas para o Ministério Público do Trabalho e ao conhecimento da comunidade para exigir punição deste tipo de prática nefasta. Vale lembrar que este ano a Petrobras já teve que fazer acordo com o MPT para não ser processada e condenada em R$ 500 milhões por causa da perseguição e restrição aos terceirizados das obras da Revap.

Nós vamos apontar e pedir ao MPT que penalize essa prática da empresa com vista na segurança de todos os trabalhadores e da população vizinha à refinaria. Também vamos encampar esta luta nas nossas discussões de Campanha Salarial. A Revap vai ter que cancelar essas punições arbitrárias e mudar esta prática. Entra gerente e sai gerente, continuam a precariedade, as punições e o efetivo reduzido. Já os riscos só aumentam. Os trabalhadores estão no limite.

Supervisores perdem seus cargos, seus táxis e, com certeza, vão colocar novatos para obedecerem. Será que vão dar advogados para esses novos supervisores quando forem responsáveis por alguma morte? Será que a estadia no cadeião do Putim será amparada pela empresa?

Foi constatado que faltavam mais de 5 mil caps quando da morte do montador de andaime Reginaldo. Só no DH, faltavam 500. Quem é o responsável por aquela morte? Daqui a pouco vão culpar o expresidente por ter pedido a antecipação da inauguração da unidade. Somem-se a nós, empregados do nível médio e do nível superior, pois um dia poderá ser você o punido. Vamos ter que lutar duro para acabar com isso!

Fonte: Sindipetro-SJC

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