A administração da Petrobras suspendeu o processo de hibernação da FAFEN. A privatização é agora uma hipótese altamente provável e tem sido intermediado junto ao governo federal por Albano Franco, empresário, membro da oligarquia Sergipana. O Presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, pretende vir a Sergipe ainda nesta semana para tratar com representantes do Governo do Estado e dirigentes da FAFEN, e o mais provável é que seja uma proposta de privatização da fábrica;
A pressão que os trabalhadores fi zeram, no entanto, foi fundamental para que o governo recuasse na proposta de colocar a fábrica para hibernar. A partir do Sindipetro AL/SE, foram realizadas várias iniciativas. Realizamos assembleias permanentes na base da FAFEN, para conscientizar e organizar os trabalhadores. Participamos de audiências na assembleia legislativa e nas câmaras de vereadores de Aracaju e Laranjeiras. Enviamos uma caravana para participar de audiência na Bahia. Levamos o debate para o município de Laranjeiras. Denunciamos os candidatos que não assumiram nenhum compromisso com a defesa da FAFEN. Realizamos vários protestos. Os dois últimos foram em agosto, nos dias 10 e 24.
Também cobramos da gerência acompanhamento do processo de hibernação. Tivemos uma reunião no dia 20 de setembro, véspera do Janeiro, 250 mil. a direção do Sindipetro AL/ SE marcou presença, junto com dezenas de petroleiras e petroleiros, a CSP-Conlutas e o Movimento Mulheres em Luta (MML). Mulheres e a classe trabalhadora de conjunto foram as ruas dizer ‘não ao Bolsonaro’, não a ele que é racista, machista, LGBTfóbico e que também é corrupto e ataca nossos direitos. O recado foi dado. É nas ruas que vamos derrotar o projeto de Bolsonaro e de todos aqueles que nos oprimem e exploram. da empresa, gerou o desligamento de cerca de 20 mil trabalhadores diretos.
Esse corte feito de forma inconsequente e sem estudo de análise de risco nas áreas operacionais, manutenção e segurança, potencializam a precarização das condições de trabalho. Em consequência dessa realidade os números de acidentes também tendem em aumentar. O acidente recente na Refi naria de Paulínia (Replan), a maior refi naria do país, é um alerta dos graves problemas trazidos pelas normais atuais de SMS. Essa política de blindar os erros da direção e transferir para os trabalhadores a responsabilidade pela inefi ciência na gestão não pode continuar em memória dos que morreram e em nome da vida dos trabalhadores, seu maior patrimônio. anúncio, quando o governo disse que não iria mais hibernar. Cobramos transparência no processo de hibernação, o que iria acontecer com os contratos, quantos empregos iam permanecer, tanto de diretos como de terceirizados.
Ganhamos a batalha contra a hibernação. Agora precisamos aumentar a pressão na luta. Não hibernar, não signifi ca que a ameaça da privatização esteja descartada. Precisamos aumentar a pressão para que a FAFEN permaneça como parte da Petrobras, retome os investimentos, garanta os empregos, recupere os empregos perdidos e que o preço do fertilizante seja subsidiado em prol da agricultura familiar.
Só a luta vai manter a FAFEN nas mãos dos trabalhadores, a serviço da população. E que essa luta seja exemplo também na política de redução do preço dos combustíveis, pela garantia dos empregos, por uma Petrobras 100% estatal, sob controle dos trabalhadores.
Fonte: Sindipetro-AlSE