Bolsonaro e Guedes querem destruir a Petrobrás

Quando as primeiras perguntas sobre economia foram dirigidas ao candidato Jair Bolsonaro (PSL), as respostas não agradaram o mercado financeiro. Foi quando entrou em cena a figura de Paulo Guedes, assessor econômico que conduz programa do candidato, inclusive para a Petrobras. O boletim Petroleiros da Amazônia procurou, então, o Plano de Governo disponível no site do TSE sobre o assunto “petróleo e gás”.

Um dos fundadores do banco Pactual, Paulo Guedes propõe uma agenda de privatizações como forma de capitalizar a economia. O banqueiro está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por fraudes em negócios com fundos de pensão, incluindo a Petros.

Em entrevista à Globo News, no dia 23 de agosto, Guedes se disse favorável à privatização de todas as estatais. Para ele, essa é uma forma de reduzir o endividamento público. “A União tem que vender ativo. A Petrobrás vende refinaria. E o governo pode vender a Petrobrás, por que não?”

A declaração causou impacto na campanha de Bolsonaro, que desautorizou seu assessor, defendendo a privatização das empresas estatais que deem prejuízo “ou até mesmo extinguir”. Em entrevista à TV Band, no dia 9 de setembro, Bolsonaro recuou, dizendo que o setor de geração de energia elétrica será uma exceção, assim como o “miolo” da Petrobrás.

No plano de governo do candidato do PSL, Paulo Guedes busca a “competição no setor do óleo e gás, beneficiando os consumidores”. Para materializar a estratégia bolsonarista, o plano sugere que “a Petrobrás deve vender parcela substancial de sua capacidade de refino, varejo, transporte e outras atividades onde tenha poder de mercado”.

Preços dos combustíveis: Guedes deve manter política de Temer

Para a política de gás natural, o plano de governo de Guedes fala em fim do monopólio da Petrobrás e desestatização do setor, o que significa perda de importância da estatal e privatização – menos concursos públicos e mais terceirização. O plano ainda propõe livre acesso e compartilhamento dos gasodutos de transporte, independência de distribuidoras e transportadores de gás natural desatrelando-as dos interesses da Petrobrás, além da criação de um mercado atacadista de gás natural.

Por fim, sobre política de preços, que determina os valores cobrados no litro da gasolina e diesel, por exemplo, o plano de Bolsonaro prevê a manutenção dos valores atrelados aos mercados internacionais, com flutuações “suavizadas” com mecanismos de “hedge apropriados”.

No dia 28, domingo, seu voto pode impedir que este projeto desastroso vença as eleições.

Fonte: Sindipetro-PA/AM/MA/AP

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