Desmonte do Estado continua a todo vapor!

Sob a estratégia simples de sucatear as estatais brasileiras, com objetivo de entregá-las ao setor privado, a direção da Eletrobras prorrogou mais uma vez o prazo para adesão ao Plano de Demissão Consensual da companhia, que busca reduzir o número de colaboradores em 3 mil, de acordo com comunicado enviado pela estatal ao mercado nesta segunda-feira (29).

O prazo para a adesão ao plano de demissão voluntária foi prorrogada para o dia 9 de novembro. Em outubro, a empresa havia prorrogado o prazo para 26 de outubro, após a adesão chegar a 733 empregados, ante meta de 3 mil colaboradores.

O plano de desligamentos acontece em meio ao processo de privatização de seis distribuidoras da estatal, do qual quatro já foram leiloadas. O objetivo é reduzir o endividamento da companhia e reequilibrar suas finanças que, segundo informações, fecharam 2017 com um prejuízo de R$ 1,72 bilhão.

Sem considerar os investimentos públicos na Eletrobras, que ultrapassaram os R$ 370 bilhões nos últimos 70 anos, o governo federal tenta repassar o controle da gigante elétrica para as mãos do mercado por irrisórios R$ 12 bilhões. Na prática, transfere o patrimônio dos brasileiros ao capital especulativo.

Com economia mista, mas com controle acionário do Governo federal, a Eletrobras é estratégica para o desenvolvimento social e econômico do Brasil. Trata-se da maior empresa de energia do país, responsável pela coordenação e integração de todo o sistema de energia elétrica.

Portanto, sua privatização significa enormes prejuízos aos brasileiros, que vão desde o aumento das tarifas da conta de luz até a extinção de programas sociais de democratização da eletricidade no país.

Uma prova disso são as informações divulgadas pela Federação Nacional dos Eletriciários, que esclarece que enquanto as empresas do sistema Eletrobras vendem o quilowatt/hora por R$ 0,07, as empresas privadas cobram até R$ 0,87 por cada quilowatt/hora. Assim, fica claro que o impacto será mais forte na população mais pobre.

Para finalizar, especialistas apontam que vender uma empresa com rendimento anual de R$ 60 bilhões por aproximadamente um quinto desse valor é uma afronta ao bom senso.

Com informações: G1 e Brasil de Fato.
Edição: Vanessa Ramos, da FNP.

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