As reuniões foram divididas em quatro mesas: Acompanhamento de ACT e Regime de Trabalho; AMS; Terceirização; SMS, além de outros temas pautados pelos sindicatos.
Abaixo, segue um resumo das reuniões:
Acompanhamento de ACT e Regime de Trabalho
No decorrer da reunião, o RH apresentou aos sindicatos da FNP o Programa de Remuneração Variável (PRVE), que desagradou os petroleiros presentes.
Para dirigentes da FNP, o plano vai aumentar a assimetria entre os salários dos trabalhadores da Petrobrás, pois vai acabar por privilegiar os ganhos dos gerentes e demais cargos de chefia, em detrimento dos demais trabalhadores e trabalhadoras.
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Em vídeo, diretor da FNP e presidente do Sindipetro-SJC faz considerações sobre PRVE:
Em seguida, a FNP expões os seguintes pontos: Respostas das reuniões da UO-Rio e UO-BS; Mudança do Regime de Trabalho sem tratativas como Sindicato da base da UTGA; redução de efetivo de operadores no Terminal Alemoa (Santos-SP); erro de pagamento do 13º salário para alguns trabalhadores; erro de pagamento de PLR para trabalhadores que saíram no PIDV e cartão de ponto em plataforma.
Para esses pontos, os representantes da Petrobrás informaram que as demandas serão analisadas para o futuro, assim que estiverem devidamente levantadas.
AMS
Na parte da tarde do dia 27, a FNP cobrou em mesa uma posição sobre o direito de AMS no pós emprego. A FNP também solicitou à empresa que apresente os possíveis impactos da resolução 23.
Outras questões colocadas pela FNP foram a demora na liberação de exames; padrão de cadastramento de filhos maiores de 24 anos; liberação de cirurgias e exames; Inclusão de medicamentos para BF; direito adquirido para AMS, qual conceito?; e quadro EOR RPBC.
Terceirização
No segundo dia de reunião (28), os diretores da FNP iniciaram o preâmbulo criticando a atual política de sucateação e precarização da mão de obra terceirizada na empresa, que tem resultado, muitas vezes, em acidentes fatais.
“Com salários menores, sem receber periculosidade, sem treinamento adequando, os terceirizados são os que mais sofrem com acidentes”, pontou a FNP.
Para se ter uma ideia, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mais de 80% dos mortos em serviço entre 1995 e 2013, na Petrobrás, eram subcontratados. O que prova o quanto esse projeto neoliberal é perverso.
Com os novos contratos, que tem diminuído, cada vez mais, exigências técnicas dos trabalhadores terceirizados, o número de acidentes na empresa pode aumentar consideravelmente.
Respostas sobre outros temas também foram cobradas pela FNP, como contratos sem reajuste salarial, falta de uniformes adequados, pisos salariais mais baixos e tickets insuficientes.
O RH informou que não tem gerência sob os contratos dos terceirizados, mas, que iria apurar os casos.
SMS
Na mesa de SMS, à tarde, a FNP iniciou a reunião cobrando respostas sobre a pauta da reunião anterior, realizada em setembro.
A Federação Nacional voltou a pontuar os recorrentes acidentes com terceirizados e exigiu que a política de SMS seja aplicada aos terceirizados.
O alto índice de exposição dos trabalhadores ao benzeno e a negligência dos gestores da Petrobrás com a vida dos petroleiros também foram pontuados.
RN-24; reposição de efetivo em Urucu; problemas de transporte na Revap; comunicação das Cipas; enfermeiros nos terminais dos TABG; planejamento de PT por terceirizados; brigadistas sem treinamento; P74 e P75; alimentação de qualidade também foram colocados em pauta.
Segundo os representantes de SMS, algumas reivindicações anteriores já estão sendo solucionadas. Os representantes se comprometeram a enviar um relatório de SMS para a FNP.
Veja, aqui, a pauta completa das reuniões.
Secretário Geral da FNP faz um resumo sobre reuniões da semana: