Um vazamento de gás sulfídrico do tanque 42313 da Revap matou 10 pessoas, nove instantaneamente, no dia 26 de agosto de 1981. O mais grave acidente na Revap custou a vida de 10 trabalhadores.
O acidente foi gerado por (um) erro de projeto e operação de urgência na Unidade de Craqueamento Catalítico. Todos que foram atingidos pelo gás caíram imediatamente. O acidente poderia ter sido evitado, já que a Unidade já havia apresentado problemas mais de duas horas antes.
Os auxiliares de segurança e os próprios operadores, que foram em socorro dos que já estavam desmaiados, não usaram máscaras de segurança. Os efeitos do gás sulfídrico só são notados nos dois primeiros minutos de respiração. Logo após, as narinas amortecem e não se sente mais nada.
Lembrar os mortos por acidentes de trabalho é lutar pela vida. Ainda mais quando nós sabemos que a política da empresa é obter lucro máximo para os acionistas a custo operacional mínimo criando uma panela de pressão no Sistema Petrobras. A qualquer hora, pode haver mais vítimas em função do sucateamento da unidade!
Em memória das Vítimas do acidente de 1981
– A servente Terezinha de Fátima Félix, de 23 anos. Terezinha foi a primeira vítima. Ela deixou duas filhas.
– Os auxiliares de segurança Waldemar dos Santos Pagano e Gilberto Araújo, de 25 anos.
– Os operadores Nelson Araújo Macedo, 39 anos; Winther Guimarães, 27; João Dias da Silva; Pedro Ayres da Veiga, 31 anos; Antônio Wilton Leite Prado, 31 anos e Benedito Santos Souza.
– O médico Carlos Alberto Fontenelle Moreira, 36 anos.
Fonte: Sindipetro-SJC