Com aval da direção da Petrobras, terceirizadas ignoram a lei no Urucu

A Província do Urucu se tornou território sem lei: todos os dias, empregados de diversos setores denunciam o descumprimento da legislação trabalhista e desrespeito às regras da Petrobras. O histórico de precarização trabalhista é longo e piora quando se trata de trabalhadores que prestam serviço a empresas terceirizadas.

No dia 02/01, no setor de terraplanagem, um trabalhador da Vectra, ocupante do cargo de ajudante de serviços gerais, foi vítima de acidente de trabalho. Ele carregava uma saca de cimento para o maquinário que produz a “farofa” para asfaltamento. O cimento ficou preso, causando estiramento no dedo médio do empregado.

Ele foi atendido no local, mas retornou ao trabalho. Meia hora depois, sentiu fortes dores do dedo, sendo afastado. Ao invés de passar pelo setor médico da Petrobras, foi enviado ao canteiro de obras, onde um engenheiro fez um “atendimento”. Chegando a Manaus, a Vectra pediu que assinasse um documento assegurando que teria adoecido, mascarando o acidente.

A situação piorou: na Unimed, foi apontada a necessidade de uma cirurgia, mas seu plano não cobria o procedimento. Por intermédio de familiares, conseguiu o atendimento.

Do caso, há três situações gritantes: 1) a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) não foi lavrada; 2) a Vectra induziu o empregado a assinar documento que mascara o acidente; 3) o setor médico não foi comunicado, colocando sua saúde em risco.

O Sindipetro acompanha o caso e já acionou a assessoria jurídica do sindicato, que entrará com ação na Justiça do Trabalho contra a Vectra e, também, contra a Petrobras, que tem por obrigação fiscalizar contratos terceirizados, mas permite que situações absurdas como essa aconteçam.

Fonte: Sindipetro-PA/AM/MA/AP

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