Todo petroleiro e petroleira sabe da confusão provocada pelo Gerente Executivo Cláudio da Costa no Edisp, no mês passado, ao anunciar um PIDV, um plano de demissão (distrato?) que ainda não se sabe qual e o fechamento de unidades (quais?).
Em todos os casos, processos que significam ataques a força de trabalho da companhia, com perda de milhares de empregos e direitos históricos da categoria.
Castelo Branco, indicado por Bolsonaro, chegou falando muito ao mercado, anunciando a venda de _tudo que for possível_, sem qualquer compromisso com objetivos de longo prazo para a Petrobrás, reduzindo a visão estratégica da empresa de uma empresa integrada de energia para uma mera produtora de óleo cru, uma estratégia comprometida apenas com os interesses dos EUA, que precisam garantir sua soberania energética na próxima década.
Adivinhem a saída? O petróleo do Pré-sal, via leilões da ANP e a subordinação do corpo técnico da Petrobrás a seus interesses.
No final desse filme, a Petrobrás encolhe tanto que fecha as portas, sem condição de competir com as empresas que melhor se preparam para o futuro do setor de energia.
A desastrada dupla gerou em pouco mais de dois meses um clima de terror e insegurança na companhia. Um simples boato de um possível regulamento de PIDV viaja o país em poucas horas.
Esses eventos são parte de uma estratégia de desmobilização ou trapalhadas mesmo? A intenção fica cada vez mais clara.
Mas, a onda de terror nao pára por aí. Boatos sobre o anúncio da venda de refinarias e gasodutos, também colocam os especialistas e trabalhadores do setor em alerta, preocupados com o desmonte da maior empresa nacional, imprescindível para o desenvolvimento da economia do país.
Vieram de longe e se chocam com a cultura de uma força de trabalho que preza o respeito pela história vitoriosa da Petrobrás e tudo que ela significa para o Brasil e o povo brasileiro.
A categoria precisa se engajar nos fóruns de debate, congressos e nas mobilizações chamadas pelos sindicatos.
O futuro da Petrobrás depende da nossa luta contra o programa do governo Bolsonaro para o setor petróleo, que é essencialmente subserviente e entreguista. Uma tragédia nacional que alcança a todos.