Os metalúrgicos da General Motors, em São José dos Campos, conquistaram 8,24% de reajuste salarial, a partir de 1º de outubro, mais R$ 3.250 de abono. O acordo foi aprovado em assembleia, nesta terça-feira, dia 11, entre os trabalhadores de todos os turnos. O índice representa 5,39% de inflação mais 2,7% de aumento real.
Na última quinta-feira, os trabalhadores chegaram a entrar em estado de greve após rejeitarem a proposta de 2% de aumento real para novembro e abono de R$ 2.500. Com o aviso de greve, a empresa avançou nas negociações até chegar à proposta aprovada hoje.
O acordo prevê o reajuste de 8,24% para salários de até R$ 8 mil. Acima disso, será pago um fixo de RR$ 659,20. O abono será igual para todos os trabalhadores, inclusive para os que estão em layoff.
O piso salarial teve reajuste de 8,58%, passando de R$ 1.576,68 para R$ 1.712.
A GM possui 7.500 funcionários em São José dos Campos. Destes, 925 estão em layoff (contratos de trabalho suspensos).
?O acordo fechado com a GM supera o acordo assinado pela FEM (Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos), no ano passado, que vinha sendo um empecilho nas nossas negociações, pois se transformou numa referência rebaixada frente aos grandes lucros obtidos pelas empresas e às isenções fiscais dadas pelo governo. Isso demonstra que nos outros setores é possível se mobilizar para arrancar mais?, afirma Luiz Carlos Prates, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.
Os trabalhadores de São José dos Campos também aprovaram, em assembleia, solidariedade aos funcionários da GM de São Caetano. Lá a proposta de reajuste foi rejeitada.
Hoje foi aprovada ainda a continuidade da Campanha em Defesa dos Empregos na GM, onde a empresa tem planos de realizar demissão em massa e encerrar a produção do modelo Classic. A próxima negociação entre GM e Sindicato está marcada para quinta-feira, dia 13.
Fonte: Sindmetal-SJC