FNP continua incursões em Brasília

Nesta quarta-feira (10), Adaedson Costa, Agnelson Camilo e Fábio Mello, ambos diretores da FNP, estiveram em Brasília com deputados, senadores e assessores parlamentares.

A iniciativa objetivou conscientizar os políticos sobre o ataque à soberania do país, ataque aos trabalhadores que atende ao plano privatista de Bolsonaro, de entrega de bilhões de barris de petróleo à exploração imperialista.

Desde que assumiu a presidência da empresa, Roberto Castello Branco aprofunda a política de desestatização e entrega do maior patrimônio brasileiro ao capital internacional.

Castello Branco também tem afirmado que vai reduzir a participação da Petrobrás no setor de refino, e que o "coração da empresa" seria a exploração e produção. 

Essas ações surgem como nova justificativa para prosseguir no desmonte da estrutura da empresa, agora que a melhora da sua situação financeira enfraquece o argumento da suposta necessidade de privatizar ativos para reequilibrar suas contas.

As refinarias da petroleira atendem a 95% do mercado. As etapas de refino, transporte e distribuição percorridas pelo petróleo desde a sua extração até a entrega de derivados nos postos de serviço gasolina agregam valor ao óleo bruto. Possibilitam ainda transferir de modo gradual as variações da cotação em dólar do petróleo no mercado internacional aos preços internos em reais dos derivados.

Portanto, abrir mão do controle da atividade de refino retira do país a capacidade de realizar uma política de preços de combustíveis que não seja a de livre flutuação.

Em outras palavras, limita a possibilidade de estabelecer mecanismos de amortecimento de impactos dos preços de petróleo e do câmbio utilizando, ao menos em parte, os excedentes obtidos na etapa de produção. Além de retirar um instrumento estratégico, pois somos uma economia que sofre com ampla volatilidade cambial e, nos últimos anos, os preços de petróleo vêm enfrentando grande volatilidade.

Bolsonaro e seu ministro da Fazenda Paulo Guedes dizem que a privatização visa baratear os combustíveis, mas não mostram dados para demonstrar sua afirmação. Números da própria Petrobrás provam, no entanto, que o custo médio do refino no país, em torno de 2 dólares o barril, é inferior ao obtido nas suas sucursais externas, na casa dos 3 dólares, afirmam especialistas.

Resumindo a história, ao contrário do que dizem Bolsonaro e Guedes, reduzir a Petrobrás a uma carcaça não barateará os combustíveis.
Os brasileiros não podem testemunhar a execução de um esquema de entrega do petróleo sem qualquer supervisão ou limite. Veja, abaixo, o que os diretores da FNP falam sobre o assunto:

 

 

 

 

 

 

 

 

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