28 de abril: Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho

No próximo domingo, dia 28 de abril, é o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho, uma data para denunciar as condições inseguras e cobrar o fim acidentes, que provocam lesões e mortes no local de trabalho.

O Brasil é o quarto país no ranking mundial de acidentes de trabalho, com uma vítima a cada 48 segundos e uma morte a cada 3h38. Segundo o último Anuário Estatístico da Previdência Social, o país registrou 578,9 mil acidentes de trabalho, em 2016. As maiores vítimas, segundo o levantamento, são trabalhadores entre 25 a 34 anos.

Deste total, 12.442 trabalhadores ficaram permanentemente incapacitados para o trabalho. E, o que é pior: 2.265 trabalhadores perderam a vida. São números de guerra provocada pela ganância dos patrões e pelo descaso dos governos.

Se considerarmos só São José dos Campos, os números também assustam: 10 pessoas morreram na cidade, em 2018, vítimas de acidentes de trabalho. A cidade registrou 18.527 acidentes, no período de 2012 a 2018, que resultaram em milhares de trabalhadores lesionados. Os dados são do observatório do MPT (Ministério Público do Trabalho) e podem ser conferidos nesse link: https://observatoriosst.mpt.mp.br/.

Mortes e acidentes na Revap
Esse cenário se repete na Revap, onde a terceirização e a precarização seguem provocando mortes e acidentes. O pior deles, em 1981, deixou 11 mortes após um vazamento de gás sulfídrico de um tanque da Unidade de Craqueamento Catalítico.

Um acidente que poderia ter sido evitado, já que a unidade havia apresentado problemas duas horas antes. Na curva próxima ao TQ, havia aproximadamente 400 trabalhadores, entre engenheiros e manutenção. Alguns desses petroleiros foram vítimas do contaminante ao tentarem salvar os colegas.

Em 2011, a terceirização fez suas primeiras vítimas na refinaria, em um incêndio que matou um trabalhador e deixou outros dois feridos. Em outubro de 2012, outra tragédia: o caldeireiro Sérgio Henrique de Faria Bandeira, de apenas 23 anos, morreu após um acidente na empresa Manserv, terceira que atua dentro da Revap.

Por fim, em 2014, um incêndio no coletor de gás liquefeito de petróleo deixou seis trabalhadores feridos e tirou a vida de José Luís Beloni, que teve 40% do corpo queimado.

Todas estas mortes poderiam ter sido evitadas se a empresa respeitasse todas as regras de segurança e garantisse os investimentos na manutenção de equipamentos e contratação de mão de obra. Por isso, nossa luta contra a privatização da Petrobrás é também a luta em defesa da saúde e da vida dos trabalhadores.

NÃO À PRIVATIZAÇÃO!

POR MAIS SAÚDE E SEGURANÇA!

CHEGA DE MORTES E ACIDENTES NO TRABALHO!

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