Uma das principais discussões na categoria petroleira é sobre o Termo de Compromisso que trata da antecipação da inflação pelo IPCA (5,24%). A FNP e seus sindicatos já se posicionaram sobre este tema: a indicação é de rejeição!
A FUP e o RH querem pressionar a base a aprovar o Termo de Compromisso para enfraquecer a luta e derrotar previamente a campanha. Além disso, querem reduzir a negociação às questões econômicas.
Não à toa, foi justamente esta parceria entre a empresa e a outra federação, no ACT do ano passado, a responsável por impor à categoria a discussão das cláusulas sociais apenas de dois em dois anos. Este ano só discutiríamos as cláusulas econômicas.
A pressão para a assinatura deste termo não tem sentido. Primeiro, a categoria petroleira nunca deixou de receber a inflação do período retroativa a 1º de setembro. Não podemos abandonar a luta pelo ICV-DIEESE, que neste ano está em 6,18%, e por 10% de ganho real ? o que totaliza 16% incorporado ao salário básico.
Ao assinar este termo, sem nem mesmo passar a proposta pelas assembleias, a FUP está impondo por mais um ano o reajuste apenas pelo IPCA. Afinal, qualquer percentual a mais virá por meio de RMNR e Gratificação Contingente. Os aposentados e pensionistas exigem o fim da tabela congelada!
O objetivo é claro: aprofundar a divisão da categoria e influenciar os aposentados e pensionistas não repactuados a abrir mão de seus direitos, rendendo-se à chantagem da repactuação, já que nessas condições o aumento real seria zero!
Quem atrasa a negociação?
A FUP nos acusou de emperrar as negociações. A acusação é curiosa, afinal a FNP entregou sua pauta reivindicatória há quase um mês, no dia 16 de agosto. Já a FUP entregou apenas no dia 31 de agosto. Fica a pergunta: quem atrasa as negociações e tenta enrolar a categoria?
Neste sentido, a antecipação do IPCA dificulta a mobilização da categoria. Mais ainda: impede que os petroleiros unifiquem a campanha reivindicatória com a luta das demais categorias (bancários, correios, metalúrgicos).
A categoria vem sofrendo constante discriminação e assédio moral. Não podemos permitir que Petrobrás e FUP derrotem nossa campanha. Aceitar a antecipação é abrir mão da discussão dos nossos eixos de campanha:
EIXOS DA CAMPANHA
– Aumento real é no Salário Básico, o resto é enganação!
– Chega de divisão entre os petroleiros. É hora de unificar a luta!
– Reposição da inflação pelo maior índice
– Reposição das perdas passadas
– Correção de todas as distorções da aplicação da RMNR desde 2007 e incorporação
no Salário Básico.
– Periculosidade pra valer! Incorporação da VP no Salário Básico
– Revisar o ANPR (Avanço de Nível e Promoção) e o ACJ (Avanço dos Juniores),
avanço de nível e aceleração da carreira para todos!
– Incorporação na tabela salarial de todos os aumentos dados sob a forma de níveis;
– Reposição dos níveis concedidos aos ativos em 2004, 2005 e 2006 para os aposentados;
– Fim da tabela congelada;
– Novo Plano de Cargos e Salários;
– Horas Extras para nível superior;
– Pela desrepactuação e contra a separação da massas, Petros BD para todos!
– AMS 100% paga pela Petrobrás, de qualidade e igual para todos. Inclusão dos pais.
AMS não é benefício, é direito!
– Auxilio Amazônia, já!
– Combater a política de terceirização e defender os direitos dos terceirizados.
Trabalho igual, direitos iguais!
– Combate ao assédio moral e sexual. Contra o machismo, racismo e homofobia;
– Chega de mortes na Petrobrás