Em defesa ao chamado da sociedade civil palestina, foi lançada, na última terça-feira (20), em São Paulo, a segunda fase da campanha por boicotes a produtos e serviços de Israel.
A iniciativa conjunta promovida pela Frente em Defesa do Povo Palestino e da Frente Palestina da USP (Universidade de São Paulo) foi realizada na Faculdade de Direito São Francisco da USP, e apresentou o plano de BDS (Boicotes, Desinvestimentos e Sanções) com uma rodada de mesas com convidados que discutiram a importância da campanha, além de debater questões sobre as relações, militares e comerciais, entre Brasil e Israel.
Durante o debate a Universidade de São Paulo foi citada com preocupação, por conceder diversos convênios com universidades israelenses que financiam as ocupações ilegais em terras palestinas.
A palestina e jornalista Soraya Misleh, do Mopat (Movimento Palestina Para Todos) e da Frente em Defesa do Povo Palestino, frisou a importância do envolvimento dos jovens nas lutas revolucionárias e parabenizou o trabalho dos militantes da ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes ? Livre) e dos alunos da USP.
Foi lembrado ainda pelos presentes que no último dia 8 de setembro a Embraer Defesa e Segurança anunciou a aquisição de 25% da AEL Sistemas, subsidiária da Elbit Systems. Além da participação com a AEL Sistemas, a Embraer formalizou com a subsidiária a criação de uma nova empresa, a Harpia Systems, que prevê disputar um mercado potencial de 1 bilhão de dólares nos próximos 15 anos. Essa nova empresa terá estrutura própria em Brasília e a intenção é de que se estabeleça uma fábrica para engenharia e produção.
A campanha do BDS pretende denunciar esses convênios e relações comerciais que vem sendo realizados com Israel para sejam desfeitos.
Para conhecer o manifesto da segunda fase da campanha de BDS, acesse o link: www.palestinalivre.org/node/2155