ACT 2019: Petrobrás insiste em retiradas de direitos

No final da tarde desta quinta-feira (8), a direção da Petrobrás apresentou a terceira contraproposta para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), um nítido esforço tendencioso da direção em atender às exigências do mercado financeiro, custe o que custar.

Como as propostas anteriores, a terceira mantém retiradas de direitos, propõe um reajuste longe, se quer, de repor a inflação; insiste em aplicar reforma Trabalhistas nas horas extras, adequa AMS à Resolução 23, prevê o fim da PLR, que passa a ser destinada apenas àqueles definidos pela gestão, estabelece o fim do adiantamento do 13º Salário e o fim do pagamento das férias em até dois dias antes do início do gozo,

A contraproposta prevê ainda o fim de novas adesões ao Programa Jovem Universitário, o fim do apoio de adaptação da companhia para trabalhadores que voltam após doença ocupacional ou acidente e o fim de hospedagem e diária para empregados em treinamento na sua lotação — além de retirada de cláusulas sobre organização sindical e redução do tempo de vigência do acordo para um ano.

Eles também vão descontinuar gradativamente, até 1º de janeiro de 2023, o adicional do Estado do Amazonas; estabelecem o fim da homologação no sindicato; o fim do intramuros para os trabalhadores do administrativos (30% do salário); fim do auxílio deslocamento para os trabalhadores off-shore; fim do compliance, que significa afirmar que a fiscalização de contratos não será mais atividade somente dos empregados próprios.

Diante disso, o propósito do clã de Bolsonaro é claro:  pavimentar o caminho para a privatização da empresa, retirar direitos e aniquilar o movimento sindical.

Por isso, o momento exige que os petroleiros resistam e participem das assembleias, rejeitando essa proposta com disposição de luta, que será necessário. Assembleias serão realizadas até o dia 21 de agosto, onde os sindicatos indicarão rejeição da proposta e apontarão GREVE.

A FNP também vai enviar um ofício para a empresa exigindo uma nova proposta. Caso contrário, é GREVE!

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