Nesta terça-feira (13), petroleiros e petroleiras voltam às ruas, com trabalhadores de outras categorias, estudantes e professores em novos protestos contra a reforma da Previdência e em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade para todos.
A categoria petroleira também participará das manifestações, com mobilizações ocorrendo em todas as suas bases.
No dia 16, será a vez de protestar contra a venda de refinarias, o desmonte do sistema Petrobrás e a retirada de direitos.
Estudantes
O movimento estudantil tem denunciado nas vias de corte na área e defendeu a autonomia universitária. Os protestos são parte da jornada nacional de luta da defesa da educação, promovida pela União Nacional dos Estudantes (UNE), como as realizadas nos dias 15 e 30 de maio.
As manifestações estão marcadas em mais de 80 cidades.
Cortes e privatizações
O governo Bolsonaro segue tendo a educação pública e as estatais como um dos seus principais alvos. Os cortes no orçamento da educação comprometem o ensino e a pesquisa. Muitas universidades não sabem como irão funcionar nesse segundo semestre, sem dinheiro para pagar conta de luz e água.
O governo incentiva a propaganda contra a ciência, censura os técnicos que apresentam dados que contrariam seus interesses, como o escandaloso caso da demissão do presidente do INPE.
Além disso, Bolsonaro quer militarizar as escolas públicas, ferir o caráter laico da educação, além de patrocinar uma guerra cultural, perseguindo professores e todos aqueles que pensam diferente da cartilha conservadora.
Recentemente o MEC lançou o projeto Future-se, que tem como objetivo estratégico privatizar a produção e a reprodução do conhecimento nas IFES, capturar as pesquisas para o mercado financeiro, destruir a democracia na comunidade universitária e desobrigar o Estado de garantir o financiamento do ensino superior público. É o fim das universidades e institutos federais tal qual conhecemos hoje.
O projeto de Bolsonaro para a educação é o mesmo para a Petrobrás, Correios e outras estatais: abrir para empresas privadas lucrarem com toda infraestrutura e patrimônios públicos. Não podemos permitir!
Por isso, na próxima terça-feira (13), todos contra os cortes no orçamento da educação, contra as privatizações e contra a reforma da Previdência.