A Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese), realizou no dia 26/09 uma sessão especial para discuti sobre a situação da Petrobras em Sergipe. Representantes do Sindipetro AL/SE ocuparam a tribuna para defender a manutenção da Petrobras e os impactos sociais e econômicos, consequentes do plano de desmonte e privatização da empresa.
Bruno Dantas, diretor do sindicato, afirmou que o principal impacto é a perda de 1.200 empregos diretos só em Sergipe, sem falar dos empregos indiretos que são gerados em torno de toda a cadeia produtiva. “Nós estamos fazendo debate nas Assembleias Legislativas de toda a região Nordeste, estamos fazendo debate na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, para poder mostrar aos parlamentares, que atender aos interesses de acionistas minoritários é um erro. A Petrobras é uma empresa integrada de energia, que produz petróleo desde os anos 50 no Brasil inteira. Em Sergipe desde 1963 estamos em Carmópolis. Então nesse exato momento, que a gente acabou de descobrir grandes reservas de gás natural, desmobilizar a Petrobras na região Nordeste é ir na contramão de sucesso exploratório que nós conquistamos até agora”, conclui.
Diminuição do recolhimento de mais de 80 milhões, perda de fornecedores, aumento do preço dos derivados, são outros prejuízos apresentados diante da possibilidade de fechamento da Petrobras em Sergipe. “É preciso que a Petrobras duplique sua capacidade de refino. É preciso que a Petrobras contrate mais gente. Ao invés disso, o Governo Federal continua mantendo o plano de desinvestimento. Significa desemprego e menos atividade industrial e menos atividade comercial”, afirmou Edvaldo Leandro, em entrevista para a TV Atalaia.
A maioria dos deputados declarou que pretende unir forças com os petroleiros para evitar a política de desmonte e desinvestimento da Petrobras no Nordeste anunciada pelo Governo Bolsonaro. Decidiram ainda buscar apoio de deputados e senadores de todos os estados.
Fonte: Sindipetro-AL/SE