Trabalhadores de três grupos da Revap atrasaram a entrada de turno em duas horas cada, nesta sexta-feira (20), contra a punição de cinco operadores da refinaria. O protesto teve adesão dos trabalhadores dos grupos 3, 4 e 5.
A mobilização aconteceu durante assembleias que também debateram a Tabela de Turno, o Novo Plano Petros e decidiram entre a proposta de PLR apresentada pela Petrobrás e a defendida pela FNP.
A Revap anunciou as punições na última quinta-feira, responsabilizando os trabalhadores pelo acidente que levou à explosão do tanque 42302, no dia 27 de setembro. Nas assembleias, os trabalhadores denunciaram os frequentes acidentes na refinaria e a prática constante da empresa de culpabilizar os trabalhadores, enquanto precariza as condições de trabalho e a política de segurança.
“A punição aos operadores é mais uma tentativa da empresa de penalizar os trabalhadores enquanto ignora as falhas de seus gestores. Os petroleiros correm riscos diários em seu trabalho, arriscam suas vidas e saúde, enquanto a Petrobrás reduz o efetivo e as condições de segurança. Exigimos a anulação das suspensões e vamos seguir combatendo a lógica punitivista do sistema de consequências aplicado na Revap”, afirma o presidente do Sindicato, Rafael Prado.
Em outubro, os petroleiros realizaram um protesto na porta da Revap para denunciar as condições precárias de segurança e o alto índice de acidentes. Apenas durante a Parada Geral de Manutenção, a refinaria registrou dois acidentes graves e o Sindicato recebeu outras 14 Comunicações de Acidente de Trabalho (CAT). Na ocasião, o Sindicato denunciou que a empresa estava retirando do escopo da Parada uma série de intervenções necessárias que poderiam levar ao aumento do número de acidentes no futuro, devido a precarização das condições dos equipamentos.
Calendário de Assembleias:
26/12: G1 – 15×23
27/12: G2 e HA – 7×15
Fonte: Sindipetro-SJC