Sindipetro-SJC protocola aviso de greve na Revap

O Sindicato dos Petroleiros de São José dos Campos e Região protocolou na Revap, nesta quarta-feira (5), o aviso de greve aprovado em assembleias pela ampla maioria dos trabalhadores. Dentre as reivindicações estão a suspensão da extensão do interstício, a suspensão das novas regras da marcação de ponto e reabertura da negociação da PLR 2020.

As mudanças relativas à jornada de trabalho foram feitas pela Petrobrás de forma unilateral e à revelia do ACT. Em caso de negativa da empresa sobre as reivindicações apresentadas, os petroleiros da Revap poderão iniciar a greve, a qualquer momento.

Greve Nacional
Desde o dia 1º, os trabalhadores da Petrobrás realizam uma greve nacional que já tem a adesão de 8 mil petroleiros e paralisa mais de 30 unidades, em 12 estados do país. Nesta quarta-feira, foi a vez dos petroleiros da RPBC, em Cubatão, aderirem à greve.

Com a deflagração do movimento em outras refinarias, os petroleiros da Revap passaram a realizar cortes de rendição. Foram quatro entre sábado e hoje, em solidariedade à greve.

No Rio de Janeiro, uma sala do edifício sede da empresa (Edise) segue ocupada por um grupo de cinco petroleiros, desde o dia 31. Eles pedem a abertura de negociações com a empresa.

Demissões na Fafen
Um dos estopins da greve foi o anúncio de hibernação da Fafen Araucária, com a demissão de mil trabalhadores diretos e indiretos. A decisão de fechar a fábrica de fertilizantes é parte do plano de desinvestimento da Petrobrás, que visa privatização de ativos. A empresa se recusa a discutir a transferência de mais dos 300 trabalhadores diretos lotados na Fafen.

ACT e privatização
A Petrobrás está descumprindo o ACT, fechado o final de 2019, ao impor mudanças na jornada de trabalho que não estão previstas no Acordo e que não foram negociadas com os sindicatos.

Mudanças como a extensão do interstício e os novos locais para marcação de ponto representam, na prática, redução de salários e aumento das condições inseguras para os petroleiros do turno. Entre os ataques sofridos pelos trabalhadores do horário administrativo (H.A.) estão o não pagamento da PLR 2020, as transferências forçadas e o risco de terceirização.

Todos estes ataques fazem parte do plano da Petrobrás de cortar os gastos com mão de obra nas refinarias, visando a privatização. A empresa já deu início à fase não vinculante da venda de refinarias, e está recebendo propostas de empresários estrangeiros interessados na compra.

“Os petroleiros da Revap estão prontos para se somar ao quadro nacional de greve. Já perdemos muitos direitos no último ACT e não vamos aceitar perder mais, tampouco novas demissões”, afirma o presidente do Sindipetro-SJC, Rafael Prado.

Fonte: Sindipetro-SJC

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