Os petroleiros da Revap decidiram, em assembleia nesta quarta-feira (19), manter o estado de mobilização na refinaria, em compasso com o quadro nacional de luta da categoria.
Após 18 dias de uma das mais fortes greves petroleiras do país, a Justiça do Paraná decidiu suspender as demissões na Fafen Araucária, até o julgamento do mérito da greve pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), no próximo dia 9.
A decisão foi anunciada em meio a uma manifestação que reuniu 15 mil pessoas em apoio à greve, ontem, no Rio de Janeiro, e é uma importante vitória da forte mobilização petroleira.
Em São José dos Campos, o Sindicato conseguiu uma liminar na Justiça impedindo a aplicação das novas regras para marcação do ponto na refinaria, outra vitória importante da greve.
TST
Na última segunda-feira (17), o ministro do TST Ives Gandra Martins julgou a greve ilegal e abusiva, de forma monocrática. A decisão foi concedida a pedido da Petrobrás, após a liberação de Supremo Tribunal Federal, e está sendo questionada pelas federações de petroleiros FNP e FUP.
O descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho, ação que motivou a greve, será julgado pela Seção de Dissídio Coletivo do TST no dia 9. Diante disso, a categoria manterá mobilizações e estado permanente de greve.
"Travamos até agora uma importante queda de braço com a Petrobrás. A empresa vinha retirando direitos, mas os petroleiros reagiram e mostraram a força que têm. Partimos agora de um patamar superior de organização para enfrentar os próximos desafios colocados pelo governo Bolsonaro e a gestão Castello Branco" afirma o presidente do Sindipetro-SJC, Rafael Prado.
Denúncia da privatização
Nos últimos dias a greve também conseguiu furar o cerco da grande imprensa chegar à população com a denúncia da privatização da Petrobrás e de suas consequências no aumento dos preços dos combustíveis .Esta luta vai continuar!
Fonte: Sindipetro-SJC