Gerentes ignoram insegurança e pressionam trabalhadores da Transpetro Belém

Em março desse ano, um DIP (documento interno Petrobrás) da Transpetro, decretava vazamento ?zero? em seus terminais. Pensam, os iluminados, que definir diretrizes a partir do alto escalão é suficiente para resolver questões de segurança nas unidades da empresa.

Uma das diretrizes diz: ? Não são aceitáveis improvisações de instalações, interligações e/ou uso inadequado de equipamentos que causam aumento de nossos riscos?. No terminal de Belém, até setembro desse ano, existia uma interligação da linha de RACI (Rede de Água de Combate a Incêndio) com a linha de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), produto altamente
inflamável.

Nessa interligação não havia válvula de retenção e, as válvulas da linha de GLP e da rede de água de combate a incêndio estavam dando passagem, ou seja, sem vedação, a linha de água utilizada para combater incêndio estava sendo contaminada com o GLP. Essa situação já perdurava desde os primórdios do terminal e nenhum gerente local, regional ou iluminado percebeu o risco e tomou providências.

Além disso, a rede de água de combate a incêndio do terminal é alimentada pelas bombas da BR (Petrobrás Distribuidora), que fica em área contígua ao terminal. Essas bombas não são confiáveis, não possuem plano de manutenção e perdem eficiência. As válvulas, de alinhamento e retenção, do sistema de combate a incêndio, estão dando passagem. Essa situação é inadmissível e de grande potencial de risco para os trabalhadores, comunidade e patrimônio da empresa.

Temos alertado nos comitês de SMS que as ações definidas no escalão executivo da empresa, não são cumpridas na ponta porque os gerentes locais ignoram. A situação no terminal de Belém é um grande exemplo. Tanto o gerente local quanto o regional, situado em Manaus, ignoraram todos os problemas de insegurança do terminal. Isso levou ao acidente ocorrido em julho em que um supervisor foi punido injustamente, ficando os gerentes, os verdadeiros culpados pelo acidente, impunes.

Passado menos de um semestre do ocorrido, segue o descaso com a segurança dos trabalhadores, só que agora com mais um agravante, os operadores estão sendo perseguidos pela gerência e supervisão a executar serviços que não obedecem às normas e procedimentos adequados de segurança. Cobram desses trabalhadores que saiam da rotina operacional para executar obras de instalação de equipamentos e não seguem nenhuma regra de planejamento. Assim, além da insegurança, os operadores ainda sofrem a sobrecarga de trabalho, visto a insuficiência de contingente até para os procedimentos que fazem parte da rotina laboral.

O gerente regional, local e até os supervisores ignoram as diretrizes do DIP mencionado acima. Serviços são feitos sem planejamento e sem equipe técnica disponível, afrontando outra diretriz do documento.

A situação vem provocando grande preocupação entre os petroleiros, que estão procurando o sindicato para denunciar e exigir o fim desses problemas, já que quando procuram o gerente da unidade são acusados de não querer trabalhar. O sindicato já denunciou a questão ao Sr. Sérgio Machado e ao Sr. Claúdio Godim, presidente e gerente geral da Transpetro, respectivamente, e recebeu como resposta que seria realizada uma visita à unidade para averiguação dos fatos, no entanto, passados quase quatro meses nenhuma medida foi tomada e o problema segue sem solução.

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