Começa a campanha do ACT 2011/2012

Ao mesmo tempo em que o Governo apresenta recorde de arrecadação e a Petrobrás novos recordes de lucro, o ministro Guido Mantega deu uma declaração que mostra, claramente, a intenção de jogar nas costas da classe trabalhadora a conta pela recessão internacional que se anuncia: ?para enfrentar a crise mundial?, o Governo deixará os trabalhadores da Petrobrás, BB, Caixa, Infraero e Correios sem aumento real de salário.

 A orientação, válida para 2011 e 2012, já foi dada aos dirigentes das estatais que, obviamente, farão de tudo para agradar ao patrão. Caso os trabalhadores respondam à medida com mobilizações, o governo já deixou claro em entrevistas à grande imprensa que vai ?comprar a briga?.

 É neste cenário, de novos e profundos ataques aos trabalhadores, que a categoria petroleira inicia sua campanha pela pauta histórica de reivindicações. Por isso, o caminho para um ACT 2011/2012 vitorioso passa obrigatoriamente por uma forte mobilização da categoria, com unidade de ação. Ou seja, com calendário unificado de lutas e mesa única de negociação.

PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES

A FNP reivindica: 17% de aumento, sendo 7% com base na inflação acumulada dos últimos 12 meses (IPCA) e 10% referente à produtividade; piso salarial para os petroleiros de nível superior; o equivalente a 66% do que recebem os engenheiros para os empregados de cargo técnico; que o menor salário base praticado na Petrobrás seja o salário mínimo do DIEESE (R$ 2.212,66); fim da tabela congelada dos aposentados, revisão de todo PCAC, ATS pós 30 anos, incorporação do RMNR, com Periculosidade pra Valer, dentre outros.

 Nas cláusulas sociais, a FNP defende que não sejam assinadas cláusulas que penalizam os trabalhadores, impostas pela Petrobrás de forma unilateral, como as cláusulas 49, 50 e 69, sendo a última a responsável por legitimar demissões políticas. Também foram aprovadas outras bandeiras históricas como a defesa da AMS 100% custeada pela Petrobrás, com inclusão dos pais; único plano na Petros para todo sistema Petrobrás, com Plano Petros BD para Todos e o cancelamento da Repactuação.

CONSTRUINDO A UNIDADE NACIONAL

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) aprovou durante seu último congresso, realizado em São José dos Campos, um Plano de Ação para o Acordo Coletivo de Trabalho. Uma das principais tarefas desse plano será a construção de uma mesa de negociação com os 17 sindipetros e um calendário de mobilizações unificado para a campanha reivindicatória.

 

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