Sindipetros LP e SJC participam de Fórum de Acidentes de Trabalho na USP nesta quarta

Sindipetro-LP e Sindipetro-SJC, representando a FNP, participam nesta quarta-feira (05/12) de um Fórum de Acidentes de Trabalho, que acontece em São Paulo, na USP, na Faculdade de Saúde Pública. O objetivo principal do evento é debater e relatar os casos de acidentes na indústria do petróleo no Brasil.

A programação começará às 8h30 com a intervenção de Danilo Costa, auditor fiscal do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Logo em seguida, sob o tema Riscos e precarização, acidentes e mortes na cadeia produtiva do petróleo, será a vez de Marcelo Figueiredo, professor da Universidade Federal Fluminense, ministrar uma palestra.

Após o intervalo, às 10h20, haverá uma mesa-redonda cujo tema é ?A luta dos petroleiros contra as mortes no trabalho?. Neste painel, serão convidados para relatar a realidade da companhia os dirigentes sindicais dos Sindipetros Litoral Paulista e São José dos Campos (ambos da FNP), além do Sindipetro Unificado SP.

Para Danilo Costa, a organização desta discussão tem se mostrado tragicamente atual. Danilo constrói essa ideia com base nos acidentes recentes que aconteceram na Petrobrás, sendo 12 mortes apenas neste ano. ?Estas mortes têm sido contabilizadas desde o final dos anos 90, quando os petroleiros foram surpreendidos pela postura da Petrobrás, que não reconheceu a morte de um trabalhador terceirizado como suficiente para modificar um cartaz de propaganda na porta da Repar, refinaria do Paraná, que anunciava o número de dias sem ?acidentes com afastamento? nas fatídicas campanhas Acidentes Zero?, lembra Danilo.

Desde então, a partir de 1995 foram pelo menos 320 trabalhadores mortos, sendo 259 terceirizados e 61 próprios, considerando apenas os acidentes típicos. Neste sentido, Danilo sinaliza a importância deste debate num momento em que há expectativa de grande crescimento da indústria do petróleo, que já está produzindo impactos importantes no Litoral Paulista e tende a aumentar ainda mais suas repercussões no ambiente e na saúde do trabalhador em todo o Estado. ?Esta discussão nos parece indispensável para o enfrentamento dos desafios que estão postos e tendem a aumentar?, ressalta.

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