Nesta sexta-feira (07/10), a Petrobrás enviou aos sindipetros da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e Sindipetro-RJ um ofício (leia na íntegra) agendando nova rodada de negociações para os próximos dias 18 e 19 de outubro.
As reuniões marcadas pela companhia irão tratar apenas das cláusulas sociais. Lançando mão de uma justificativa nada convincente, a empresa informa que as cláusulas econômicas não serão discutidas neste momento devido à ?complexidade do ACT 2011?. Por isso, no dia 18 serão discutidos AMS, Benefícios Educacionais e Petros, e no dia 19 os temas relativos à SMS, Vantagens e PCAC.
SEGUE A ENROLAÇÃO ? A Petrobrás mantém a tática de enrolar a categoria. Agenda reuniões para o fim do mês, ganhando um tempo precioso, e fragmenta as discussões da campanha reivindicatória, deixando para um outro momento, ainda indefinido, o que é pior, a negociação das cláusulas econômicas.
O fato é que a empresa, desde o início, com o apoio da outra federação, está tentando jogar para o buraco nossa campanha salarial, restringindo as negociações às cláusulas sociais. Por isso, repudiamos a tentativa de costurar um acordo para antecipar o reajuste pela inflação. Essa medida visa justamente esvaziar a campanha e engessar nossa batalha por ganho real. Como se não bastasse isso, ainda é discriminatória, pois mantém a tabela congelada para aposentados e pensionistas.
A resistência em apresentar uma contraproposta não é por acaso. Com outras categorias em pleno processo de luta, sobretudo bancários e trabalhadores dos Correios, a Petrobrás não pretende que os petroleiros se juntem às demais categorias. O clima no país é de greve e o surgimento de novas lutas por aumento real e melhores direitos a partir da categoria petroleira seria um forte golpe no Governo e na Petrobrás.
A companhia tem o dever de apresentar uma contraproposta nos próximos dias 18 e 19. Entregamos nossa pauta reivindicatória há mais de um mês, no dia 6 de setembro. Não há mais espaço para discussões ou pontos a serem destacados. O que a empresa está fazendo é pura enrolação. A categoria exige uma resposta da Petrobrás para suas reivindicações. Se a empresa persistir com esta manobra, devemos construir em todas as bases um forte calendário de lutas, se juntar às mobilizações das demais categorias e exigir da Petrobrás uma proposta que atenda nossas reivindicações.
EXIGIMOS
– O fim da tabela congelada dos aposentados
– Aumento real no salário básico e reposição das perdas. Reajuste de 17% (correção da inflação, sendo o maior índice acumulado, mais 10% de produtividade e ganho real).
– Piso salarial de acordo com o salário mínimo do Dieese (R$ 2.212,66)
– Piso salarial dos técnicos em 66% do concedido aos engenheiros.
– Mudanças no PCAC: solução para os problemas dos técnicos de contabilidade e de enfermagem, dos inspetores de segurança interna e de equipamento, o reconhecimento da função de fiscal e gerente de contrato.
– Promoção Automática de Pleno para Senior
– Avanço de Nível Automático
– Fim das remunerações variáveis
– Progressão do ATS (Adicional por Tempo de Serviço), a partir dos 30 anos
– Extensão do Dia do Desembarque em nível nacional
– Melhorias na AMS
– Plano Petros BD para todos
– Reintegração dos companheiros da Petromisa, Interbrás, Petroflex e Nitriflex
– Entre outros pontos