Antiguidade é posto nas Forças Armadas, na CLT é tratado como merecimento, na Petrobrás é castigo

A Petrobrás trata os trabalhadores antigos como se fossem de segunda categoria. Em vez de valorizar a dedicação destes que levaram a companhia à projeção que ela tem hoje, a direção da empresa age com discriminação e extrema desconsideração em relação aos aposentados e os petroleiros mais velhos.

Ela prejudica os funcionários mais experientes na RMNR, na inexistente promoção automática de pleno para sênior. Na aposentadoria do STF, a companhia retirava a AMS do beneficiado que ficava mais de 15 dias afastado por problema de saúde e excluía a suplementação da Petros a esses aposentados. Depois de vários anos e muita reclamação, a Petrobrás evolui para reconhecer a AMS e a suplementação da Petros em 70% a esses aposentados que continuam na ativa.

O fim do convênio do INSS (Prisma) com a empresa vai prejudicar a todos, muito mais aos antigos funcionários. As excludentes ou excepcionalidades da AMS, que na verdade são negativas, atingem muito mais aos antigos funcionários. Figurativamente, o petroleiro paga na AMS o seguro de grande risco durante décadas, quando chega no tratamento recebe uma negativa, e muitos têm morrido. Temos sido testemunhas de vários casos, nenhum deles da alta cúpula da empresa, o que leva a categoria a concluir que existe duas AMS, a dos gerentes e a dos peões.

Os aposentados da companhia são tratados pior do que na época de FHC, que literalmente chamou os aposentados de vagabundos. O fato é que 80% da produção nacional de petróleo vem da Bacia de Campos, desenvolvida na década de 80, onde os principais responsáveis são aposentados e antigos funcionários. A tecnologia do pré-sal foi desenvolvida nos últimos 30 anos, e foi obra desses trabalhadores.

A presidente Maria das Graças Foster precisa aproveitar a mudança do RH da Petrobrás para mudar a política de Recursos Humanos. Dar oportunidade aos jovens talentos, mas respeitar aqueles que construíram a Petrobrás.

Os jovens vão suceder naturalmente os mais velhos, seja na família ou na empresa. Mas o que a Petrobrás está fazendo com os aposentados e antigos funcionários é um massacre. Cadê a responsabilidade social da Petrobrás?

Fonte: Jornal Surgente (Sindipetro-RJ)

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