Com início na madrugada da última segunda-feira (28/01), a categoria realizou uma vitoriosa GREVE de 24h por uma PLR Máxima e Igual para Todos. Por enquanto, a mobilização foi apenas um alerta à intransigência da Petrobrás, mas o recado está dado: sem negociação, iremos para a greve por tempo indeterminado. E a possibilidade de parada de produção está em pauta.
A mobilização, mesmo que realizada de maneira desigual, se alastrou por todo o país e demonstrou a capacidade da categoria de organização. Todas as bases da FNP, sem exceção, realizaram paralisações. Para Emanuel Cancella, diretor do Sindipetro-RJ e secretário-geral da FNP, a mobilização foi boa em nível nacional. “Destacamos que essa é uma greve de advertência. Mas avisamos: a categoria não vai recuar”.
No Litoral Paulista, a greve de 24 horas foi deflagrada com o corte na rendição dos turnos das 23h e 0h na maior parte das unidades como RPBC, Alemoa, Pilões, Tebar e UTGCA, com adesão de quase 100% do Turno. Os petroleiros do ADM também aderiram à greve. Na RPBC, por exemplo, a adesão do ADM foi de aproximadamente 70%, número semelhante ao alcançado nas demais unidades. Nas plataformas de Mexilhão e Merluza, os trabalhadores suspenderam por 24h a emissão de PT?s.
Em Alagoas/Sergipe, a greve de 24 horas foi realizada na base de Tecarmo, em Sergipe, onde houve trancaço e adesão total dos trabalhadores de turno e ADM. Em Alagoas, a mobilização foi iniciada pela manhã com atrasos de duas horas na Estação de Pilar e ao longo do dia os dirigentes sindicais percorreram as demais bases para novas paralisações.
No Rio de Janeiro, os trabalhadores do CENPES e do TABG cortaram a rendição dos turnos e atrasaram em duas horas o início do expediente. No Edise, edifício-sede da companhia, e no Edíficio Torre Almirante, aconteceram grandes trancaços. Em São José dos Campos, na REVAP, onde a categoria aprovou em assembleia um dia de mobilização, houve atraso na entrada do ADM. Já no Sindipetro PA/AM/MA/AP, a mobilização aconteceu na Transpetro Belém, com paralisação de 24h, na UO-AM, edifício-sede da companhia em Manaus, onde houve atraso de três horas no ADM, e no prédio Alcindo Cacela, em Belém, onde houve atraso durante toda a manhã (das 07h30 às 11h).
A proposta de PLR apresentada pela empresa é mais de 50% inferior ao montante que foi distribuído no adiantamento da PLR 2011. A Petrobrás justifica a diminuição da PLR alegando redução dos lucros da empresa no terceiro trimestre. Entretanto, o montante destinado aos acionistas e gerentes é muito mais alto, sendo plenamente possível garantir rendimentos justos para os trabalhadores.
Enquanto a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) luta pela PLR máxima e linear, ou seja, 25% dos dividendos pagos aos acionistas, conforme prevê a resolução CCE n° 010, de 30 de maio de 1995 – bandeira defendida historicamente pela categoria -, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) reivindica que a Petrobrás apresente uma política de regramento, com critérios e parâmetros para negociação de metas da PLR, o que consideramos um grande engôdo (entenda por quê).
Com informações da APN