Reunida na tarde desta quinta-feira (14/02), a Diretoria Executiva da FNP decidiu por unanimidade indicar a rejeição da nova proposta de adiantamento apresentada pela Petrobrás.
O calendário de assembleias nas bases da FNP irá se estender até o próximo dia 20 de fevereiro, quarta-feira. Além da rejeição, a federação também defende o pagamento integral da PLR 2012 – conforme já reivindicado pela categoria em todo o país.
A proposta da empresa, que supostamente representa um avanço, é um grande retrocesso e – caso aprovada – dará à companhia um grande presente: usar a PLR 2012 como parâmetro para as próximas negociações. Com a mentira do prejuízo ventilada em todos os jornais (leia aqui artigo sobre o tema), a companhia preparou o terreno para tentar impor um valor de PLR praticamente 50% inferior ao pago no ano anterior.
Como já afirmamos diversas vezes, exigimos a bandeira histórica da categoria: PLR Máxima e Igual para Todos. É o que garante aos trabalhadores a resolução CCE n° 010, de 30 de maio de 1995, do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST), justamente o órgão cujas diretrizes a empresa diz seguir.
Se temos o direito de receber 25% dos dividendos liberados aos acionistas, que irão receber 44,73% do lucro básico de 2012, porcentagem maior que a recebida no ano anterior, não devemos reivindicar nenhuma porcentagem inferior a 25%.
Cortina de fumaça e traição: eis o engodo do regramento
Mais do que rejeitar este adiantamento, a categoria também tem como tarefa refutar o regramento da PLR articulado pela Petrobrás/FUP. Neste sentido, a FNP já enviou ofício (leia aqui) para a companhia exigindo que ela se atenha a apresentar a proposta de PLR sob os preceitos da Lei nº 10.101/2000, com a exclusão do item 13 que consta na carta com a nova proposta (leia a proposta completa aqui).
A FNP entende que vincular o pagamento de PLR a indicadores baseados em ?metas e premissas factíveis? que supostamente não sofrem grandes oscilações, é um grande erro. Pior, quando parte de uma direção sindical, trata-se de uma traição à categoria.
Chega de teatro! Vamos à greve nacional com parada de produção
Para arrancar da Petrobrás uma nova proposta, que represente de fato a riqueza produzida pelos trabalhadores ao longo de 2012, precisamos construir uma greve nacional com parada de produção. Com preparação, trabalho de base e diálogo permanente das direções com os trabalhadores é possível, sim, deflagrar uma grande mobilização. Mas para isso precisamos de uma greve pra valer, sem teatro!
Não foram poucas as vezes que a FNP buscou a outra federação para a construção de uma greve nacional. Reivindicamos mesa única de negociação, convidamos as demais direções para uma reunião entre os 17 sindipetros, defendemos a construção de um comando de greve… enfim, fizemos todos os esforços possíveis para unificar a categoria na luta. Mas em nenhuma dessas ocasiões obtivemos resposta da FUP.
Por isso, chamamos todos os trabalhadores petroleiros, de todas as bases, assim como as oposições espalhadas pelo país, a exigir das direções da outra federação a rejeição dessa proposta e a construção de uma greve pra valer, que coloque em luta os trabalhadores dos 17 sindicatos petroleiros. Porque só com lutas há conquistas!