Um dia de luta e de conscientização contra a opressão e o machismo no local de trabalho. Na base do Sindipetro-LP, este é o cenário do 8 de março – Dia Internacional de Luta da Mulher. As atividades, encabeçadas pelo Departamento de Mulheres, começaram ainda na madrugada desta sexta-feira com a distribuição de uma cartilha sobre assédio moral e sexual aos trabalhadores do turno de zero hora da RPBC.
Logo pela manhã, foi a vez do trabalhadores da RPBC e do terminal Pilões receberem em mãos a cartilha, que servirá de base para combater os diversos abusos gerenciais cometidos contra a força de trabalho. Muitos deles, manifestados sob a forma de assédio moral e sexual, que atingem principalmente as trabalhadoras.
Com este material, que serve de apoio tanto às petroleiras como aos petroleiros, o sindicato espera que cada trabalhadora e cada trabalhador tenha mais condições de enfrentar manifestações de machismo.
Durante as atividades deste 8 de março, marcadas por muito diálogo com as trabalhadores e os trabalhadores, a categoria pode opinar sobre o assunto, relatar casos de abusos e de assédio já sofridos por companheiros de trabalho. Pôde, inclusive, se emocionar – caso de uma companheira da RPBC que já sentiu e sente na pele o machismo de cada dia.
Neste sentido, o Sindicato reforçou durante as intervenções um alerta que consta na cartilha: a luta contra o machismo não pode ser uma luta apenas das petroleiras. Para ser vitoriosa, é preciso, mais do que nunca, que todos os trabalhadores petroleiros também estejam conscientes para combater essa prática que traz perdas para o conjunto dos trabalhadores. Afinal, o machismo não prejudica apenas as trabalhadoras, mas sim toda a classe, pois divide a categoria, divide os trabalhadores e enfraquece a luta.
Cronograma
Ao longo do dia e da próxima semana as demais bases do Sindipetro-LP também serão percorridas pelos diretores do Sindicato, que entregarão a cada petroleiro um exemplar da cartilha.Além disso, a cartilha já está disponível no site do Sindicato em versão PDF e também para leitura online (veja abaixo os links para ler a cartilha).
PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES E DEMANDAS DAS MULHERES PETROLEIRAS
– Fim da terceirização, que ataca as condições de trabalho da mulher
– Banheiros femininos em todos os espaços da empresa
– Camarotes exclusivos e em maior número às petroleiras embarcadas
– Política efetiva de combate ao assédio moral e sexual
– Afastamento dos chefes que assediarem as mulheres petroleiras
– Uniformes específicos para as mulheres petroleiras
– Sem discriminação para cargos operacionais ?de risco?
– Creche custeada 100% pela Petrobrás
– Que o DAP promova encontros regulares (mensais) das pensionistas e aposentadas
– Curso específico sobre Machismo e Opressão Contra a Mulher para a categoria e, também, para os dirigentes sindicais
– Construção do Congresso Nacional de Mulheres Petroleiras da FNP
Para ler a cartilha em versão PDF, clique aqui.