Para rebater tucanos, Foster muda discurso e diz que resultados da Petrobrás "são os melhores possíveis"

Prova de que a falácia do suposto prejuízo da Petrobrás não passa de uma grande mentira e que a imposição de uma PLR rebaixada visa privilegiar os acionistas, a própria presidente da companhia, Graça Foster, contrariou todo o discurso alarmista que a própria presidente vinha pregando recentemente e disse em entrevista, na última terça-feira (12/03), que “os resultados da empresa são os melhores possíveis”.

Segundo Graça Foster, “a Petrobrás não passa por qualquer dificuldade financeira. Nossos investimentos em 2012 chegaram a R$ 84,1 bilhões, a maior realização na história da Petrobrás?. E completou. ?Temos, como sempre tivemos, em 60 anos de história, grandes desafios a superar, que são também enormes oportunidades de crescimento para a companhia? (clique aqui e leia a matéria completa).

Evidentemente, o giro de 180° na visão da presidente sobre a atual situação da Petrobrás não foi para acalmar os trabalhadores e prometer um novo valor de PLR, mas sim para rebater a investida dos abutres tucanos contra a maior companhia do país.

Aproveitando as informações pessimistas ventiladas pela própria presidente (é importante lembrar) sobre a Petrobrás, o PSDB voltou a atacar a companhia, realizando inclusive um ato político em Brasília nessa semana para defender a privatização da empresa, relembrando os tempos nebulosos de Fernando Henrique Cardoso.

Conforme relatou Emanuel Cancella, secretário-geral da FNP, em artigo recente (clique aqui e leia), “agora voltam com toda força os mesmos personagens e argumentos que foram contrárias à criação da companhia e do monopólio; que implementaram os Contratos de Riscos; que extinguiram empresas estratégicas do Sistema Petrobrás; que tentaram sem sucesso mudar o nome da empresa para Petrobrax; que quebraram o monopólio do petróleo, mas não conseguiram privatizar a Petrobrás”.

Contra esses senhores, inimigos da Petrobrás e do Brasil, a FNP se colocará sempre em defesa da companhia. Nossa bandeira estratégica pelo fim dos leilões e por uma Petrobrás 100% Estatal, com o monopólio estatal do petróleo, sem qualquer indenização às multinacionais que roubam nossas riquezas, reforça nossa luta contra qualquer retrocesso.

Por isso, não aceitamos e denunciamos o oportunismo da direita e da imprensa conservadora que buscam sistematicamente atacar a Petrobrás – patrimônio que o PSDB pretendia entregar de graça para parasitas internacionais, como fez com tantas outras estatais hoje nas mãos do capital privado.

Por outro lado, não podemos deixar de lembrar que desde a chegada do PT ao poder os leilões não foram suspensos. Pelo contrário, já se anuncia a 11ª rodada dos leilões do petróleo, que promete entregar de mão beijada o petróleo brasileiro para a iniciativa privada. Além disso, pelas mãos do atual governo e da atual direção da empresa os trabalhadores petroleiros sofrem com uma política salarial que desvaloriza e achata a remuneração da categoria. Tudo isso para agradar os investidores internacionais e garantir as taxas de lucro exorbitantes dos acionistas.

Àqueles que ainda têm dúvidas sobre quais são as prioridades da atual gestão da companhia, relembramos aqui a infeliz declaração de Graça Foster, em Londres, a investidores internacionais. ?Vamos dedicar as nossas vidas para recuperar o valor das suas ações?.

Lamentamos profundamente que tenha sido necessário um ataque da direita à Petrobrás para que a presidente Graça Foster saísse em defesa da companhia e afirmasse à imprensa que a estatal “vai bem, muito obrigada”.

Tanto a presidente, quanto a direção e o RH da Petrobrás, estão se utilizando de meias verdades para adequar o discurso da empresa aos seus interesses específicos. Se o que está em jogo são os direitos dos trabalhadores, então diremos que sofremos prejuízos. Se o que está em jogo são as críticas da direita ao nosso Governo, então diremos que a Petrobrás nunca esteve melhor. Não concordamos com este tipo de postura, que mancha a imagem da empresa e tira da direção qualquer resquício de credibilidade que ainda poderia ter com os empregados.

Infelizmente, o oportunismo não está mais ao lado apenas da direita. Está também na direção da Petrobrás, que aos trabalhadores usa o discurso da crise e do prejuízo para impor uma PLR quase 50% inferior ao valor fechado no ano anterior.

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