Governo anuncia 11ª rodada de leilões para exploração de petróleo

Justamente no período em que a Petrobrás sofre um duro ataque da direita, mais uma vez encabeçado pelos tucanos do PSDB, o Governo Federal divulgou no último dia 11 de março o edital para a 11ª rodada de licitações para exploração de petróleo e gás. A divulgação, feita por meio da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP), é um duro golpe a todos os movimento sociais que lutam pelo fim dos leilões.

Ao todo, serão ofertados 289 blocos em 23 setores de 11 bacias sedimentares: Barreirinhas, Ceará, Espírito Santo, Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Parnaíba, Pernambuco-Paraíba, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas e Tucano. A oferta cobre uma área de 155.800 quilômetros quadrados. Dos 289 blocos, 166 estão localizados no mar ? 81 em águas profundas, 85 em águas rasas ? e 123 em terra. São 117 blocos, além dos 172 inicialmente ofertados na 11ª rodada: 65 na Bacia Foz do Amazonas, 36 na Bacia de Tucano, 10 na Bacia de Pernambuco-Paraíba e 6 na parte marítima da Bacia do Espírito Santo.

A rodada inclui áreas em terra e ao largo da costa nordeste, onde a geologia é semelhante às descobertas recentes no Suriname, Guiana Francesa e da costa oeste da África. Haverá blocos em águas profundas do pós-sal nas bacias do Espírito Santo e Pernambuco-Paraíba, mas também 65 blocos em águas rasas e profundas na foz do rio Amazonas. Enfim uma entrega da riqueza nacional ?ampla, geral e irrestrita?.

Uma ótima medida… para as multinacionais
Com forte lobby de “analistas” e da imprensa burguesa, a nova rodada de leilões era aguardada com ansiedade pelas multinacionais petroleiras. Já que o último leilão foi em 2008, empresas como Exxon, Shell, British Petroleum e Devon não perderão tempo em abocanhar as riquezas petrolíferas descobertas na costa brasileira.

Com isso, as ?Big Oil Companies? tomam nossas riquezas e o patrimônio nacional. A Shell já tem 14 concessões no Brasil, 9 off-shore no Espírito Santo, Campos e Santos e 5 on-shore na bacia do São Francisco. Além da Shell, estão tomando nossas riquezas o BG Group, a Repsol e a Sinopec. Sem falar na Exxon Mobil Corp, que cresceu 18% e a PetroChina Co, que avançou 6%.

Grande parte da produção de petróleo do Brasil já não pertence mais ao nosso povo. E o que está projetado é que isso continue a acontecer. Nossa riqueza e nossa renda petroleira estão sendo entregues às grandes multinacionais do petróleo e alimentando de combustível o imperialismo norte-americano.

A continuidade do processo de privatização já atingiu os aeroportos e as rodovias. Setores estratégicos estão sendo entregues aos imperialistas, donos das grandes multinacionais. Aeroportos e o setor energético constituem uma questão de soberania nacional, estratégicos para o nosso desenvolvimento.

Pela volta do monopólio estatal do petróleo
Para fazer baixar o preço do litro da gasolina e termos gás de cozinha de graça para a população, é preciso fortalecer a campanha ?O petróleo tem que ser nosso?, pela retomada de todos os blocos exploratórios e campos petrolíferos que estão sob o domínio e o controle das ?Big Oil?, sem indenização e pela garantia de uma Petrobras 100% estatal.

Para iniciar o processo de mobilização, no Rio de Janeiro já se realizou, no dia 14 de março, a Plenária da Campanha “O petróleo tem que ser nosso” no Sindipetro-RJ. Foi decidida uma grande mobilização da campanha para barrar a 11ª Rodada de Licitações que acontecerá em Maio. No entanto, essa mobilização deve ganhar um caráter nacional, mobilizar a sociedade e unificar as entidades do movimento nesta luta.

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