Petrobrás e CEMON aliam-se contra os trabalhadores

A greve que aconteceu na Cemon no final de 2011 nos deixou importantes lições. A greve começou a ser construída na base, seis meses antes do seu inicio. Tudo começou com mobilizações no setor de montagem de andaime. A empresa percebeu que ali se estava iniciando algo grande e filiou de maneira obrigatória todos os trabalhadores ao Sintracon. Nesse momento os trabalhadores aprenderam a primeira lição: o papel das direções sindicais.

A empresa resolveu filiar todos ao Sintracon porque sabia que esse sindicato não iria tocar nenhuma luta dos trabalhadores. Pelo contrário, faria de tudo para impedir qualquer mobilização. Cientes da lição que haviam aprendido, os trabalhadores procuraram o Sindipetro, um sindicato que poderia ajuda-los em sua luta.

Depois daí os trabalhadores começaram a organizar todo o conjunto da empresa, porque aprenderam a segunda lição: os trabalhadores só são fortes unidos e precisam fazer de tudo para manterem essa unidade. Com todos unidos, foi possível apresentar uma pauta para a empresa, além de aprovar a filiação ao Sindipetro.

Em outubro de 2011, após aguardar bastante tempo uma resposta da Cemon, os trabalhadores resolveram entrar em greve. A greve foi um grande exemplo de organização e força daqueles bravos operários. Foram 70 dias resistindo contra duas empresas que queriam a qualquer custo derrotar os trabalhadores e o seu sindicato, o Sindipetro.

Para a Petrobrás, não era aceitável que os trabalhadores da Cemon fossem vitoriosos em sua greve. Isso mostraria para todos os demais terceirizados qual é o caminho e qual sindicato deveria de fato representá-los. Ao invés de sentar para negociar, a Petrobrás e sua gata colocaram o Sindipetro na justiça.

Independente dessa aliança suja, o Sindipetro esteve ao lado desses lutadores em todos os momentos durante aqueles 70 dias. Nos momentos bons e nos ruins. E nos orgulhamos muito disso. Não é todo dia que se conhece um grupo de pessoas valentes como o dos operários da Cemon.

Recentemente, os trabalhadores retornaram a luta por atraso de salários. Após manifestações e paralisações, a Petrobrás e sua gata, que antes não aceitou negociar com o Sindipetro, convocaram um sindicato estranho ao setor petróleo para negociar o retorno dos trabalhadores. Como a gata e a contratante esperavam, esse outro sindicato defendeu proposta de retorno dos trabalhadores sem que eles recebessem os salários atrasados.

Será que os gerentes de contrato e os fiscais trabalhariam sem salário, com a família em casa passando fome? Assim é impossível garantir a segurança dos trabalhadores. Isso explica o aumento dos acidentes e mortes nos locais de trabalho. Uma verdadeira conspiração contra a vida dos trabalhadores.

O Sindipetro não vai permitir que essa situação continue. Nossa representação está à disposição dos trabalhadores da empresa e a qualquer outro trabalhador que queira lutar, em qualquer momento.

Fonte: Sindipetro AL/SE

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