FNP se reúne com diretor do Abast, José Carlos Consenza

A FNP se reuniu na última quarta-feira (03/04), no Edise, com o Diretor de Abastecimento da Petrobrás, José Carlos Cosenza. Em pauta, redução do quadro mínimo das unidades, excesso de horas extras, assédio moral e demissões injustificadas na área de refino.

Durante a reunião, os dirigentes dos sindipetros São José dos Campos e Litoral Paulista relataram os problemas enfrentados na REVAP e RPBC em relação ao efetivo de trabalhadores. Ao contrário do que afirma a empresa, cujo discurso é de que as modernizações das unidades estão diminuindo as intervenções dos operadores, ou seja, diminuindo a carga de trabalho, a realidade no chão de fábrica tem demonstrado jornadas excessivas de trabalho, acúmulo de tarefas e pressão por produtividade, com sistemáticos casos de assédio moral. O próprio excesso de horas extras é uma demonstração desta realidade.

A FNP cobrou do diretor que a empresa mude sua postura e passe a ouvir a opinião dos trabalhadores, justamente aqueles com condições de avaliar qual o efetivo ideal para cada unidade. Relatórios técnicos elaborados por esses petroleiros continuam sendo ignorados pela companhia e, principalmente, pelas gerências locais.

Outra informação importante debatida se refere à possível venda de 30% dos ativos de refinarias da Petrobrás. Conforme divulgado pelo Relatório Reservado, em seu site, a presidente da Petrobrás, Maria da Graça Foster, estaria em adiantados entendimentos com a mexicana Pemex e a norueguesa Statoil, com a intenção de vender 20% a 30% de uma nova empresa que seria formada pelas refinarias da companhia. Entretanto, o diretor do Abast afirmou que não há nada neste sentido, desmentido a informação.

Em relação à política de desinvestimento, o diretor assegurou que não haverá nenhuma mudança no cronograma das novas refinarias, com suas inaugurações garantidas. A refinaria Premium tem prazo de conclusão para outubro de 2017, a refinaria Premium para dezembro de 2017 e o Comperj deve ser concluído em 2015.

Os dirigentes, por fim, demonstraram preocupação quanto à crescente terceirização na segurança patrimonial. Além disso, cobraram uma mudança na política de transferências dentro da empresa. Isso porque muitos gerentes, sem qualquer razão técnica ou obstáculo, estão dificultando a transferência de diversos trabalhadores. Até mesmo quando há vagas disponíveis o processo é emperrado. O diretor se comprometeu a avaliar caso a caso e priorizar medidas que facilitem essas transferências, Facilitar transferências de empregados para outras unidades, muitos gerentes, gerencias estão dificultando sem qualquer critério, mesmo com vagas disponíveis para a troca.

Em resposta, o diretor Cosenza se comprometeu a avaliar as demandas relatadas pelos dirigentes e a investigar as denúncias realizadas. Uma nova reunião deve acontecer dentro de 40 dias.

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