Encontro de petroleiras fupistas com cadeira cativa para Graça Foster. A quem serviu?

No começo de abril foi realizado no Rio de janeiro o Encontro Nacional de Petroleiras Fupistas. Um encontro que poderia servir para organizar a luta das mulheres petroleiras contra o machismo, o assédio moral e sexual no ambiente de trabalho, parece ter tido outro viés. Para começar, o encontro nem aberto era à participação de todas as mulheres que sentem a necessidade de se organizarem (independente se participam da FUP ou não).

Foi o caso de Ana Paula Aramuni, que teve sua inscrição no Encontro negada. Ana Paula, que sofreu com assédio moral no Terminal de Cabiúnas, que faz parte da base do Sindipetro NF e, portanto, da FUP, foi negada de participar dos debates do Encontro de Petroleiras, por não ser ?fupista?. Por outro lado, o Encontro foi aberto por ninguém mais que Maria das Graças Foster, presidente da Petrobras, que apesar de ser mulher, em nada se esforçou para melhorar as condições de trabalho das petroleiras, que continuam sofrendo assédio moral, sexual, e que não podem sequer ter garantido a existência de sanitários ou vestiários femininos nas áreas operacionais, o que observamos na maioria das plataformas, por exemplo.

Apesar de ter apontado novas reivindicações para o ACT na questão das mulheres petroleiras, esse foi encontro que serviu de palanque para a presidente da Petrobrás e para outras gerentes da empresa. Sequer garantiu a democracia de participação das demais trabalhadoras mulheres num debate que é muito importante na categoria. Além disso, deixou claro quais são as prioridades da FUP, seu atrelamento cada vez maior à empresa e ao governo e a falta de democracia em seus fóruns. Por isso, repudiamos a atitude da FUP e do Sindipetro NF.

Fonte: Oposição Unificada do Norte Fluminense

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