Artigo de Agnelson Camilo
Entre os dias 13 a 27 de maio ocorreram as eleições para os Conselhos Deliberativos e Fiscal da PETROS. Mais uma vez, após a abertura das URNAS, antes mesmo de sabermos que havíamos vencido as eleições, os Conselheiros atuais dos Conselhos Deliberativo e Fiscal – Silvio Sinedino, Ronaldo Tedesco e Agnelson Camilo – fizeram cobranças severas sobre os acontecimentos estranhos no pleito e criticaram contundentemente várias situações, sendo que as mais graves são vergonhosas.
Primeiro fato: acesso a informações sigilosas
Um dos fatos que nos causou surpresa se refere ao acesso dos governistas a informações que, pelo menos oficialmente, não eram disponibilizada aos candidatos. No meio da processo a chapa governista tentou suspender o pleito por meio de um pedido oficial dos seus representantes junto à comissão eleitoral. Os argumentos, estranhamente precisos nos números, eram de que até aquele momento o quorum era baixíssimo. Segundo a outra federação, só haviam votado até aquele momento 9% dos eleitores ou 13 mil votos.
Evidentemente, tal precisão nos deixou com a pulga atrás da orelha, pois todos nós sabemos que ninguém – nem mesmo a comissão eleitoral – poderia ter acesso a esses números tão precisos. Sendo assim, nos resta apenas uma possibilidade: esses senhores conseguiram, e não sabemos como, ter acesso aos resultados parciais dando a nítida impressão que burlaram a segurança do pleito. Uma segunda análise nos fornece outro cenário possível: o de que a motivação desse pleito tinha como base o fato de que ao verificarem que iriam perder as eleições pediram ? no tapetão – a suspensão do pleito.
Segundo fato: envio de SMS para celulares sem autorização
Outro fator que denunciamos foi a forma como esses senhores conseguiram todos os celulares – ou quase todos – dos eleitores. Sem qualquer autorização prévia, enviaram mensagens para todos pedindo que votassem nas suas chapas, causando um mar de reclamações dos eleitores que já conhecem a forma desses senhores a fraudar pleitos.
Felizmente, tal postura mais uma vez causou revolta na categoria que deu uma resposta contundente ao modo de atuar desses senhores, que é o completo desrespeito à democracia para ganhar custe o que custar o poder. Contra a entrega de direitos e o atrelamento ao governo, os trabalhadores e as trabalhadoras impuseram mais uma derrota fragorosa, dando a vitória às chapas 12 (Silvio Sinedino e Agnelson Camilo) e 24 (Ronaldo Tedesco e Marcos André).
Vamos tomar todas as providências cabíveis para que esse tipo de comportamento não volte a acontecer, exigindo a apuração e punição dos culpados dessa farsa, embora já saibamos qual tenha sido o maior castigo a esses senhores: mais uma derrota acachapante desses fascistas travestidos de dirigentes sindicais.