A palestra sobre previdência pública aqueceu o final da tarde do 7º Congresso da FNP. Os palestrantes esclareceram diversas dúvidas e desmistificaram o déficit da previdência, mentira amplamente divulgada na grande imprensa.
Dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita demonstram que a previdência não está quebrada. Segundo Floriano Martins, presidente da ANFIP, mesmo após investir R$ 71,135 bilhões em benefícios rurais e mais de R$ 100 bilhões em benefícios assistenciais, ainda assim sobraram R$ 78 bilhões no orçamento da seguridade social no final de 2012.
Floriano explica que esse superávit não sobrou porque houve economia, mas porque o sistema previdenciário brasileiro está equilibrado do ponto de vista financeiro. ?Esse dinheiro só sobra porque o governo não investe em saúde e assistência social. Mas para onde então vai esse superávit??, questiona. ?Cerca de 2/3 é para pagar juros de banqueiros?.
Ele ainda alerta, ?é preciso que as novas gerações, principalmente, se interessem por esse tema. Hoje o teto de um aposentado não chega a sete salários mínimos. Daqui a 20 anos o teto da aposentadoria talvez não chegue a um?.
Agnelson Silva, diretor da FNP, vice-presidente do Conselho Administrativo da Petros e diretor do Sindipetro PA/AM/MA/AP, reforça que tudo isso é resultado de uma política de privatização que existe há anos no país. ?A orientação política internacional é acabar com a previdência pública?.
Rivaldo Ramos, pelo Departamento de Aposentados do Sindipetro LP, complementa que todas as conquistas da categoria petroleira, inclusive as que ainda existem, foram resultado de muitas mobilizações e lutas. ?Em 1984 o melhor salário do Brasil antes era de petroleiro. O fundo PETROS corrigia o salário do aposentado pelo salário do pessoal da ativa. Já hoje muitos desses benefícios não são mais concedidos?.
Recuperar direitos e conquistar melhorias
Nesse sentido, a categoria petroleira deve vir com tudo para somar forças nas mobilizações que explodem por todo o país, para recuperar os direitos perdidos e conquistar melhorias nas condições de trabalho. No dia 11 de julho, dia nacional de greves, paralisações e manifestações de rua, vamos levantar as bandeiras pela anulação da dívida pública, em defesa da nossa aposentadoria, contra a reforma da previdência, pela recuperação das perdas e pelo reajuste do salário mínimo nos benefícios.
Redação: Imprensa Sindipetro AL/SE