Devemos incorporar essa reivindicação no ACT 2013
A questão do efetivo é um dos principais problemas enfrentados pela categoria petroleira há muitos anos. Mas agora, depois do PROCOP da Graça Foster, a situação se tornou insustentável!
Estamos voltando aos tempos de FHC, quando um petroleiro fazia o trabalho de três. No último período, levantamos junto aos trabalhadores das bases do Unificado (refinarias e terminais) os principais fatos e consequências desta política de aumento de produtividade às custas da exploração cada vez maior da força de trabalho.
Infelizmente, mesmo alertado pelos petroleiros, o sindicato tem sido omisso ? quando não chega a defender diretamente as políticas adotadas pela empresa. Se muito, divulga textos em seu boletim sem propor qualquer alternativa de organização para que os trabalhadores resistam. A Oposição A Base Presente repudia esta postura e exige que o sindicato cumpra seu papel, organizando a defesa dos interesses dos trabalhadores.
Para que essa luta seja vitoriosa, será necessário unificar a categoria na RECAP, REPLAN e TERMINAIS na defesa do aumento do efetivo. O sindicato deve ainda exigir que a FUP nacionalize a campanha, visto que este problema também se estende por outras bases (como a REPAR).
Em sendo um campanha nacional, a FUP e FNP devem se unificar e pautar esse tema nas reivindicações do ACT 2013. O exemplo que o povo brasileiro deu nas ruas é claro: só com lutas há conquistas!
RECAP
Manutenção Industrial: a refinaria está diminuindo os contratos com as terceirizadas sem contratar trabalhadores próprios, sobrecarregando os técnicos de manutenção. Os trabalhadores tem sofrido assédio para fazerem horas extras e para trabalharem nos finais de semana. Então, porque não coloca a manutenção nos turnos?! Do jeito que está, a PETROBRAS está esfolando os trabalhadores e sucateando os equipamentos! Recomposição do efetivo da manutenção, já!
Troca de turno em jejum no exame de sangue: operadores denunciam que estão sendo pressionados a renderem o turno anterior antes de realizarem o exame de sangue, portanto em jejum. Essa situação está ocorrendo em todas as áreas e turnos. Ainda que seja por pouco tempo, tal situação expõe todos ao risco, visto que não há como prever quando podem ocorrer situações de emergência, e, neste caso, como poderiam estes trabalhadores atuarem estando sem comer há 12 horas? E aquela história de que para a PETROBRAS, ?a vida está em primeiro lugar??! E isso tudo pra evitar 5 minutos de dobra, e olhe lá!
Ronda: há alguns anos a empresa tenta implantar um sistema que informatiza o checklist de área feito pelos operadores. Porém, quando a esmola é demais, o santo desconfia: a RECAP quer utilizar o tal do Ronda pra controlar o tempo dos operadores na área e, pior, substituir, aos poucos, os trabalhos da Manutenção e Inspeção de Equipamentos na área ?como análises de vibração de motores e medições de temperaturas. O pior é que Sindicato já foi avisado por todos os turnos e sequer fez uma assembleia ou um setorial para decidir e organizar o que fazer! Enquanto isso, o RONDA vai sendo implantado, na marra, sem nenhuma resistência: na TE, UT e está chegando no HDT. Tá esperando o que, Direção?!
Emissão de PTs: para mascarar o baixo efetivo nos turnos, a RECAP está mandando pro turno os operadores do GPI e da Emissão de PT?s. Além de sobrecarregar os operadores do turno com tarefas típicas de HA, essa situação significa diminuição de pelo menos 6 postos de trabalho! Enquanto isso, os operadores que emitem PTs não conseguem sequer tomar o café da manhã. Não podemos aceitar calados!
Treinamentos NR-20 e NR-33: Os operadores estão sendo obrigados a realizar cursos obrigatórios das referidas Normas Regulamentadoras em pleno horário de expediente (2h a cada turno de trabalho), o que compromete a qualidade do mesmo e diminui o quadro efetivamente presente na área e nos painéis.
Terminal de Barueri
Cursos: recentemente a Gerência local tentou fazer com que os trabalhadores realizassem o curso de caldeira trabalhando no turno. Desta forma, não é possível fazer bem nem uma coisa, nem outra. Afinal, eles querem que os trabalhadores ?assobiem e chupem cana?. Depois, se algo der errado, a culpa é sempre do operador que não cumpriu os procedimentos.
REPLAN
17 não é 21: A Gerência da Replan apresentou a proposta de 17 operadores para o PR-HI, o que inclui as unidades que já operam e as que partirão em breve. Esse número significa diminuir um operador do painel dos HDTs e está longe dos 21 que a operação apresentou como o necessário.
Desde o início de abril demos uma ?trégua? no movimento aguardando a proposta da empresa. O resultado foi este: acrescentaram um operador ao número que tinham antes. Nem de longe essa proposta nos contempla.
Dia 10 teve reunião no sindicato: Desde que propôs a trégua o sindicato vem fazendo corpo mole. Primeiro levou um não da categoria quando quis baixar o número de 21 para 19, depois não defendia nem que ficássemos lá fora nos dias de negociação (diziam que o sindicato não tinha posição). Para desanimar mais ainda, alguns dirigentes ficaram batendo boca com os operadores. Esta definiu a tática de realizar o corte de todos os grupos dos trabalhadores do HDT, o que realizado na semana seguinte.
É preciso mobilizar pra evitar os ataques da empresa: A luta pela garantia do número mínimo, não é uma luta só do HDT. O exemplo está aí, quando toda refinaria cortou a lista de apoio as dobras surgiram aos montes em diversos setores. Na CAFOR a empresa já está voltando os operadores do turno para o HA, gerando novamente muitas dobras.
E como querem resolver o número crescente de dobras? Diminuindo o número mínimo das unidades. Isso é um ataque aos nossos direitos!
O HDT tem que ser a ponta de lança neste momento, mas precisamos organizar toda a REPLAN para evitar mais esse ataque da empresa. Foram realizadas assembleias na refinaria que aprovaram o corte de rendição com todos os trabalhadores do turno que começaram em 11/07.
NA BASE DA FNP:
SINDICATO E TRABALHADORES MOBILIZAM
E CONQUISTAM VITÓRIAS
A prova de que a mobilização traz conquistas foi vista recentemente no Litoral Paulista. Os petroleiros da base do Sindipetro LP (FNP) realizaram forte mobilização durante 1 mês em março e obtiveram avanços na RPBC (http://sindipetrolp.tempsite.ws/site/?p=16041).
Já no Terminal de São Sebastião, denúncia levada pelo Sindicato ao Ministério do Trabalho resultou em visita de auditor fiscal. Este determinou o aumento imediato do efetivo no Tebar e cumprimento do interstício (http://sindipetrolp.tempsite.ws/site/?p=17347).
Fonte: A Base Presente (Oposição Sindipetro Unificado SP)