Centrais convocam Dia Nacional de Paralisação para 30 de agosto

Com um balanço positivo das paralisações, greves e atos realizados em 11 de julho, as centrais sindicais do país estão convocando para 30 de agosto um novo ?Dia Nacional de Paralisação?. O objetivo é pressionar a presidente Dilma para que atenda as reivindicações dos trabalhadores e neste pacote de exigências está a bandeira pela suspensão do leilão do Campo de Libra, agendado para 21 de outubro.

Muito além do que as mais de 50 estradas bloqueadas nas diversas regiões do Brasil, durante os protestos do dia 11, o balanço de todas as centrais deu ênfase aos milhões de trabalhadores e trabalhadoras que cruzaram os braços, fizeram greves e promoveram a paralisação da produção de diversos setores da indústria, do comércio e de serviços, a exemplo dos petroleiros em todo o país. Metalúrgicos das montadoras de São José dos Campos, Minas Gerais, São Paulo, capital e ABC, Santos e Rio Grande do Sul; operários da Construção Civil de Fortaleza, Belém e São Paulo, capital, além de comerciários e setores do transporte em algumas capitais, servidores do Paraná, entre outros. Enfim, trabalhadores de todo o Brasil entraram com força na defesa de suas reivindicações e isso foi um elemento chave.

A pauta unitária das centrais inclui redução do preço e melhor a qualidade dos transportes coletivos; mais investimentos na saúde e educação pública; fim do fator previdenciário e aumento das aposentadorias; redução da jornada de trabalho; fim dos leilões das reservas de petróleo; contra o PL 4330, da terceirização; Reforma Agrária.

Fortalecer luta contra os leilões e por aumento real!
Protagonistas durante o dia 11 de julho, com diversas refinarias em greve, os petroleiros novamente têm a chance de integrar as mobilizações de 30 de agosto. A participação da categoria neste grande dia de luta servirá para impulsionar a luta contra os leilões do petróleo. Além disso, servirá de pontapé inicial para a campanha reivindicatória 2013, que começa em 1º de setembro.

Aliar a luta mais ampla (a batalha contra o leilão de Libra) com as demandas mais imediatas (melhores salários, AMS de Qualidade, revisão do PCAC) é uma das principais tarefas dos petroleiros. Afinal, em uma Petrobrás privatizada não teremos condições ? sequer ? de lutar por aumento real no salário e muito menos por uma assistência médica plena e 100% custeada pela companhia. Por isso, a luta contra a entrega do nosso petróleo, contra a política de desinvestimento da empresa e todos os reflexos do PROCOP é, também, lutar pela possibilidade de arrancar da companhia um acordo vitorioso nas cláusulas econômicas e sociais.

Práticas antissindicais
As centrais sindicais definiram ainda, em reunião realizada no último dia 12, que vão pedir uma reunião com presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho) pra discutir sobre os ataques ao movimento sindical com o chamado ?interdito proibitório?, com condenações e multas ao movimento. No dia 11 de julho, dezenas de liminares, com aplicação de multas de centenas de milhares de reais, foram concedidas, a pedido de instituições do governo, contra várias centrais sindicais.

Na Petrobrás, um dos principais problemas foi o apontamento indiscriminado de ?falta não justificada?, o que acarreta reflexos negativos nas férias e avanço de carreira dos trabalhadores. A FNP se reuniu semana passada com o RH Corporativo para cobrar o fim desta ação. Em resposta, a empresa informou que uma DIP seria enviada a todas as gerências com a orientação clara de que sejam apontados os códigos referentes a movimentos de greve e paralisações.

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