Diante da ampla rejeição da categoria à sua contraproposta e da iminente greve a partir do dia 16 de novembro nas 17 bases petroleiras, a Petrobrás resolveu tentar esfriar os ânimos dos trabalhadores e ganhar tempo agendando uma nova reunião com os sindicatos. A negociação acontece nesta sexta-feira (11/11), às 9 horas, no Edise, Rio de Janeiro.
Mais uma vez, a companhia abusa do cinismo em seus informes. No site RH Informa, a Petrobrás considera ?que a proposta da companhia já alcança grande parte dos pleitos dos empregados e traz avanços significativos nas cláusulas econômicas e sociais?, mas afirma que ?está buscando (?) possibilidades de ajustes na proposta apresentada na semana passada?.
Mas o discurso mentiroso, totalmente alheio à realidade, não se restringe à força de trabalho. À grande imprensa, a empresa vem afirmando descaradamente que oferece aos trabalhadores aumento de 9%, omitindo o relevante fato de que este aumento não é no salário básico, mas na RMNR ? uma remuneração variável que prejudica ativos, aposentados e pensionistas. Também não revela que uma das principais reivindicações está sendo ignorada ? a revisão do PCAC ? e que a categoria está há 16 anos sem aumento real.
Diante disso, como confiar em uma empresa que, enquanto divulga comerciais bem produzidos para atrair novos talentos, usa argumentos mentirosos para jogar a sociedade e a imprensa contra seus trabalhadores?
Por isso, chamamos os trabalhadores a continuar rejeitando a contraproposta da Petrobrás e a construir uma forte greve nacional para arrancar da companhia uma proposta justa, que contemple os anseios da categoria ? expressos nas 208 cláusulas da nossa pauta reivindicatória.