Artigo: leiloar o petróleo é privatizar o Brasil

Já está mais do que claro que leilão de petróleo significa perda de soberania e desinvestimento, sucateamento da Petrobrás. O Resultado é a precarização do trabalho e a privatização do Brasil e da Petrobrás.

Aqueles que detêm a imensa maioria das ações da Petrobrás são os mesmo que são os donos das Big Oil, os banqueiros nacionais e internacionais. Logo, os leilões de petróleo e o desinvestimento da Petrobras só beneficia o mercado financeiro que vai abocanhar 100% do petróleo do Brasil ao final dessa manobra entreguista.

Sob o modelo de regime de concessão, até agora, da totalidade dos blocos exploratórios e campos petrolíferos já leiloados, FHC (PSDB) privatizou 10% e Lula (PT) 74%. Já Dilma (PT), no terceiro ano de governo, conseguiu superar as privatizações tucanas em 6% (Fig. 01).

Antes da descoberta do campo de Tupi, 29% do pré-sal ultra profundo já havia sido entregue. O projeto do governo do PT é transformar a Petrobrás, que é um conglomerado de empresas, num conglomerado de empresas terceirizadas (é o que diz a lei 12351/10 no seu artigo 12, aprovada no governo do PT).

A venda de ativos da Petrobrás, que já se desfez de 15 empresas e até 2015 serão encerradas mais 38, anda junto com a pressa da aprovação do PL 4330, que legaliza a terceirização das atividades fins também na Petrobrás.

As UOs (UO-AM, UO-RNCE, UO-SEAL, UO-BA) são distintas empresas da Petrobrás que estão na mira da privatização (Fig. 02) para gerar dinheiro a ser investido no pré sal ultra profundo.

O governo do PT entrega o petróleo do Brasil a preço de banana e privatiza a Petrobrás. No último dos leilões, uma riqueza contida numa área maior do que o país de Portugal, cujo valor é de 3 trilhões de dólares, foi leiloada por 2,8 bilhões de reais. A arrecadação de R$ 2,8 bilhões equivale a menos de 1/3 do valor dos royalties contingenciado em 2013.

Vem aí agora a aplicação por Dilma (PT) do modelo de entrega sob o regime de partilha, aprovado no governo Lula (PT).

No dia 30 de agosto, dia da Greve Geral, os petroleiros precisam mostrar que não têm nenhum acordo com a perda da soberania nacional nem com a privatização da Petrobrás.

Dalton F. Santos, diretor do Sindipetro AL/SE

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