2ª proposta da Petrobrás não traz nenhum avanço

Na última segunda (14/11), a companhia apresentou sua 2ª contraproposta de ACT com nenhum avanço nas cláusulas sociais e mais uma proposta econômica rebaixada e discriminatória, que não leva em consideração o eixo de nossa campanha (aumento real de 10% no salário básico).

Por entender que novos avanços não se darão na mesa de negociação e que para avançar na proposta é necessária uma forte mobilização nacional, a FNP defende a rejeição da proposta e a manutenção da Greve a partir das 6 horas da manhã do dia 16, quarta-feira, com parada de produção.

Além de irrisória, a proposta econômica é uma grande enganação, pois nem mesmo sob a lógica de remuneração variável pode ser considerada aceitável. Em relação ao abono, repete os mesmos valores do acordo fechado em 2010. A Petrobrás oferece como proposta GANHO REAL ZERO NO SALÁRIO BÁSICO. Para piorar, ainda afirma que o reajuste proposto na RMNR é ?um dos maiores índices conquistados pelas categorias de trabalhadores do país neste ano?.

Outras categorias já mostraram que apenas com luta é possível avançar e arrancar um acordo vitorioso. Os metalúrgicos da GM de São José dos Campos, com 24 horas de greve, tiveram 10,8% de reajuste, um aumento real de 3,2% acima da inflação; os trabalhadores dos Correios tiveram R$ 80,00 de reajuste, o que significa 9% de aumento real no salário, acima da inflação do período; Os bancários tiveram, apesar dos 9% de reajuste geral, um reajuste de 12% no piso, o que significa um reajuste real de 5% no piso da categoria. Esses três exemplos mostram que apenas com a greve nacional e unitária é possível avançar.

Na Bahia, os petroleiros já decidiram: REJEIÇÃO e GREVE dia 16
Refletindo o auto grau de insatisfação e de repúdio da categoria à proposta da empresa, os petroleiros da Bahia decidiram pela rejeição da 2ª contraproposta da Petrobrás e pela aprovação da GREVE a partir do dia 16 de novembro ? quarta-feira.

A decisão dos petroleiros baianos mostra que estão no caminho certo as direções que consideram a nova proposta da companhia insuficiente e que apontam como eixo principal da campanha reivindicatória a luta por AUMENTO REAL DE 10% NO SALÁRIO BÁSICO.

Por isso, fazemos um forte chamado às 17 bases petroleiras do país para que construam uma forte greve nacional unitária, somando-se à luta já iniciada pelos trabalhadores de Carmópolis/SE, na CEMON, que estão em greve há mais de 30 dias; aos 5 mil operários das obras do COMPERJ; e aos operários de Carauari, na Província do Urucu, que ameaçam cruzar os braços por melhores condições de trabalho. Vamos à GREVE!

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