Foi realizada nesta terça-feira (08/10), no Edifício-Sede da Petrobrás, reunião entre a FNP e a presidente da Petrobrás, Graça Foster. Esta negociação foi uma das exigências da ocupação realizada semana passada (02/10) por aposentados e pensionistas de diversas bases da FNP no Edise (RJ).
Além de dirigentes aposentados e ativos da FNP, estiveram presentes petroleiros aposentados e pensionistas que integraram o ato de semana passada. Foi entregue à presidente uma carta exigindo o fim das discriminações a este importante setor da categoria (leia aqui o conteúdo da carta).
De lá, os dirigentes saíram com um compromisso da presidente: ela irá propor na próxima reunião da diretoria da empresa, que acontece nesta quinta-feira (10/10), a formação de uma comissão para discutir e propor ações para as demandas específicas dos aposentados e pensionistas.

O compromisso de Graça Foster é uma sinalização de abertura ao diálogo (que nos últimos anos não houve em gestão anterior nenhuma), mas é uma reação tímida diante das enormes necessidades de um setor atacado não apenas pela política remuneratória da companhia, mas fundamentalmente pela política econômica do governo.
Ou seja, a receita para arrancar vitórias não mudou: é mobilização, união e solidariedade de toda a categoria. A própria reunião com a presidente só aconteceu porque aposentados e pensionistas ocuparam na semana passada o Edise.
As limitações do compromisso de Graça Foster pode ser atestada no fato de que dificilmente esta comissão terá influência sobre a negociação do ACT 2013/2014. Essa, pelo menos, é a intenção da presidente. ?Não gostaria de misturar o que já tem no ACT com isso, pois ficam duas forças paralelas e uma irá atrapalhar a outra?, afirmou.
?Assunto difícil?
Graça Foster afirmou que de todas as reuniões já realizadas com a FNP essa era, sem dúvidas, uma das mais difíceis pelo seu desconhecimento da matéria.
?Esse assunto é difícil pra mim por duas questões: a própria disciplina, a parte jurídica grande e pesada que ela carrega, e o fato de que como empregada, nunca acompanhei essas discussões. Mas olhar para os aposentados e chamar essa comissão é uma decisão minha e um dever meu. Como presidente, posso fazer isso. Mas devo apresentar isso à diretoria colegiada da Petrobrás. Em 17 anos, tivemos vários presidentes e esse assunto virou uma grande bola de neve; remenda daqui, remenda de lá, remenda de cá… por isso, as derrotas na Justiça?, afirmou, se referindo às ações de RMNR, níveis, etc.
Por fim, a FNP ainda aproveitou para cobrar diretamente da presidente respostas para as demissões recentes na base do Rio de Janeiro; para a demissão injusta de Leninha (cuja documentação foi entregue em mãos à Graça Foster); sobre a situação dos Anistiados, além das liberações sindicais.
