Greve nacional é marcada por insegurança gerencial e até cárcere privado

Frente à forte greve nacional iniciada nesta quinta-feira (16/10) por petroleiros de todo o país, a Petrobrás já começou a lançar mão de medidas gerenciais que colocam diretamente em risco a vida dos trabalhadores e a segurança das unidades. Em algumas unidades, chegou-se ao cúmulo de gerentes enviarem torpedos aos celulares dos grevistas, numa prática de assédio moral sem qualquer constrangimento.

Na UTGCA, em função do corte na emissão de PTs, supervisores de Operação estão promovendo uma verdadeira insegurança operacional nas instalações da unidade.

Estes supervisores estão emitindo PTs, inclusive envolvendo serviços à quente (chama aberta), sem a assinatura de co-emitente por parte do Técnico de Operação responsável pela área, que sem o conhecimento dos serviços liberados na sua área de atuação não pratica a rotina estabelecida conforme procedimento. Com isso, a insegurança nas atividades apenas aumenta.

Na plataforma de Mexilhão, onde os trabalhadores cortaram a emissão de PTs, coordenadores estavam emitindo PT/PTT e os supervisores estavam requisitando, pressionando os mantenedores a realizar as execuções (área e oficina) dessas tarefas.

Na Bacia de Campos, onde 15 plataformas chegaram a suspender a produção, os trabalhadores de PCE-1 encaminharam denúncia ao Sindipetro-NF que os pelegos estão operando a unidade, mantendo um vazamento de petróleo no oleoduto. Muitos petroleiros não puderam desembarcar e o Sindicato tem denunciado judicialmente a companhia por cárcere privado.

Os petroleiros a bordo verificaram que podem ser percebidas a subida de cinco bolhas por segundo no mar. O vazamento foi identificado horas antes da greve ser iniciada, mas a empresa decidiu manter a produção.

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