?Qualquer avanço dos manifestantes a policia ataca com bombas, bala de borracha, gás lacrimogêneo?, diz dirigente da FNP Claiton Coffy
A Avenida Lúcio Costa se transformou em uma praça de guerra. De um lado a Força Nacional de outro lado os manifestantes. Com muitas bombas, balas de borracha, gás de pimenta a Força Nacional dispersou ao menos 700 manifestantes participavam do ato contra o leilão de Libra. ?O governo Dilma criou uma zona de exclusão militar, de sítio. Isolou várias ruas no entorno do hotel, uma repressão muito forte. Qualquer avanço dos manifestantes a policia ataca com bombas, bala de borracha, gás lacrimogêneo?, conta o dirigente da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Claiton Coffy. Há registros de ao menos seis pessoas feridas, entre elas, dois petroleiros.
Neste momento o ato se concentra na Praça São Perpétuo que é o ponto de onde os manifestantes conseguiram chegar.
Veja aqui vídeo do momento da repressão veiculado na grande imprensa.
O leilão ocorre às 14h, no Hotel Windsor Barra, na Av. Lúcio Costa, 2630, na praia da Barra da Tijuca.
Mesmo como o forte aparato policial e do exército e com a repressão a manifestação continua. ?Caravanas de diversas regiões do país começam a chegar e se somam à manifestação. Os petroleiros que realizam uma greve nacional cuja principal reivindicação é barrar o leilão de libra participam em peso?, destaca Claiton Coffy.
A presidenta Dilma Rousseff, com o objetivo de reprimir as manifestações contrárias ao leilão do campo de Libra, convocou as forças armadas. ?Parece que estamos num regime de exceção. A liberdade de manifestação está sendo cerceada. É triste ver o governo colocando as forças armadas contra seu povo. Mas nada disso vai impedir que ocupemos as ruas para protestar, denunciar e tentar barrar esse criminoso leilão do pré-sal. É o futuro do Brasil que está em jogo?, afirma ao site do Sindpetro/RJ Emanuel Cancella, diretor do Sindicato, da FNP e coordenador da campanha Todo Petróleo Tem que Ser Nosso.
Mesmo com repressão, greve dos petroleiros é forte e impulsiona luta contra o leilão de libra ? A greve nacional dos petroleiros se fortalece em todo o Brasil, num momento em que a categoria se enfrenta com os ataques da imprensa (Arnaldo Jabour é o exemplo mais execrável disso) e do governo Dilma, que não hesitará em lançar mão da violência e da repressão contra os movimentos sociais para garantir a maior privatização da história do país.
O envio de mais de mil homens da Força Nacional, Exército e outras instituições repressivas do Estado para o hotel luxuoso no Rio onde será realizado o leilão também é uma amostra de que, por um lado, o governo está acuado com as mobilizações que varrem o país desde junho; e que, de outro, tentará a todo custo entregar uma riqueza inalienável ao estrangeiro.
Na Petrobrás, não é diferente. Diante de uma mobilização que já se demonstra histórica em seus primeiros dias, inclusive com parada de produção em algumas unidades, a companhia já iniciou uma disputa ideológica com os sindicatos ao enviar para a força de trabalho comunicados em que se diz disposta a dialogar com as entidades. A categoria está em luta e se enfrenta com a agenda neoliberal dos governos de plantão e a política salarial rebaixada da companhia.